ESPORTE INTERNACIONAL

Do Mazembe ao Kashima, zebras gostam de passear no Mundial

Times da Concacaf quase sempre são representados por mexicanos.

Em 16/12/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

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À época em que disputavam a Libertadores (de 1998 até 2016), os mexicanos gostavam de dar trabalho a brasileiros, argentinos e uruguaios - ainda que sempre privilegiassem a Concachampions. Afinal, era por meio dela que tinha vaga no Mundial. Acontece que os europeus são os maiores campeões do torneio da Fifa, os sul-americanos levantam outras taças... até africanos e asiáticos já surpreenderam, indo à final. Mas as equipes da Concacaf, quase sempre representadas por mexicanos, nunca apresentaram uma ameaça real aos adversários.

Com dinheiro, times grandes e torcida, os mexicanos estiveram em 13 edições, incluindo a estreia no Brasil, em outro formato (apenas em 2006 o representante da Concacaf foi de outro país, o Deportivo Saprissa, da Costa Rica). Em seis delas caíram na estreia, nas restantes nas semifinais. Algoz da vez, o Kashima, que venceu o Chivas no sábado, vive o outro lado da moeda. Na primeira vez que disputou, como campeão nacional foi à final e só perdeu na prorrogação para o Real Madrid. Agora, reencontrará os merengues, desta vez na semifinal.

Os mexicanos caíram na estreia com Pachuca (2007 e 2010), Monterrey (2011 e 2013), América (2015) e Chivas (2018). Em 20 jogos eliminatórios no Mundial, avançaram sete vezes e foram eliminados outras 13.

Engana-se quem pensa que o Kashima é uma exceção. Quem não se lembra do Mazembe? O time congolês do goleiro Kidiaba derrotou o Inter e foi à final com a Internazionale em 2010. Três anos depois foi a vez do marroquino Raja Casablanca eliminar o Atletico-MG e acabar derrotado pelo Bayern na decisão. Até o amador Auckland City, da Nova Zelândia, deu trabalho, em 2014, ao eliminar dois rivais e só cair diante do San Lorenzo na prorrogacao na semifinal.

Neste ano, são dois os candidatos. O Kashima, que reencontra o Real após virar sobre o Chivas - dono de um elenco quase duas vezes mais valioso em relação aos japoneses (€ 35 milhões dos mexicanos contra € 20 milhões, segundo o site Transfermarkt) -, é um deles. O outro é o anfitrião Al Ain. Após ver o Team Wellington quase aprontar ao abrir 3 a 0, o time dos Emirados Árabes virou, em seguida eliminou o Esperance, da Tunísia, com autoridade, e agora é mais um candidato à zebra. Que o River Plate abra o olho.