ECONOMIA INTERNACIONAL

Dólar opera em queda e chega a R$ 3,30, com melhora externa.

Na segunda, moeda dos EUA fecha em alta de 0,44%, a R$ 3,3946.

Em 28/06/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O dólar opera em queda nesta terça-feira (28), se aproximando de R$ 3,30 pela primeira vez em quase um ano, acompanhando a recuperação dos mercados globais após duas sessões de mau humor com a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE) e reagindo à perspectiva de que o Banco Central brasileiro não deve cortar os juros tão cedo.

Às 13h29, a moeda norte-americana caía 2,578%, a R$ 3,3071 na venda.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 1,25%, a R$ 3,3521
Às 10h09, queda de 1,43%, a 3,346
Às 10h30, queda de 1,31%, a R$ 3,3521
Às 10h49, queda de 1,35%, a R$ 3,3486
Às 11h49, queda de 1,97%, a R$ 3,3277
Às 12h39, queda de 2,17%, a R$ 3,321
Às 12h49, queda de 2,26%, a R$ 3,3177

 

Nos mercados externos, o dia era de alta das bolsas europeias e avanço dos preços do petróleo. Na Ásia, também houve avanço do mercado de ações, com as bolsas na China fechando na máxima de três semanas.

"Após dois dias de baixa, as bolsas globais mostram alguma reação. É o primeiro respiro após (a saída britânica da UE)", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em relatório. "A melhora, no entanto, tende a ser provisória, em nossa opinião. Ainda há muito a discutir, e as incertezas continuarão presentes", acrescentaram.

BC diz que cenário não permite corte de juros
Nesta sessão, o mercado brasileiro mantinha a tendência de apresentar quedas maiores do dólar do que seus pares na América Latina, ajudado também pela perspectiva de que o BC só volte a cortar os juros básicos em outubro e pela ausência da autoridade monetária do câmbio.

Em documento, o BC informou nesta terça-feira que o cenário central "não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias", ou seja, com corte de juros. A manutenção da Selic em 14,25% por mais tempo tende a sustentar a atratividade do mercado local para investidores estrangeiros.

O Banco Central estimou nesta terça-feira (28) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do país - deve ficar próximo de 7% neste ano.
Com isso o IPCA deverá ficar, pelo segundo ano seguido, acima do teto de 6,5% determinado pelo sistema de metas de inflação brasileiro

Ilan também repetiu que o BC pode reduzir sua exposição cambial quando e se for possível e que poderá usar todas as ferramentas com parcimônia no câmbio.

O novo presidente do BC disse também que a instituição não irá recomendar ao Conselho Monetário Nacional (CMN) elevar a meta central de inflação para 2017, que está fixada em 4,5%.

Para alguns analistas, o dólar pode buscar o patamar de 3,30 reais se o bom humor continuar e o BC permanecer ausente do mercado, destaca a Reuters.

Último fechamento
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,44%, a R$ 3,3946 na venda, após chegar a R$ 3,4167 na máxima desta sessão e a R$ 3,3733 na mínima. No acumulado no mês de junho, o dólar tem queda de 6,03%. No ano, a divisa caiu 14,02% frente ao real.

Fonte: g1-SP