ECONOMIA INTERNACIONAL

Dólar passa a cair após aprovação do impeachment.

Na terça, moeda norte americana subiu 0,24%, vendida a R$ 3,2402.

Em 31/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Após passar a manhã operando instável, o passou a cair em relação ao real nesta quarta-feira (31), após o Senado aprovar por 61 votos favoráveis e 20 contrários, o impeachment de Dilma Rousseff.

Os investidores também aguardam a definição da taxa de juros pelo Copom, e digeriam o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que caiu mais que o esperado no segundo trimestre. O mercado aguarda ainda novas pistas sobre quando o Federal Reserve, banco central norte-americano, voltará a elevar os juros.

Às 13h40, a moeda norte americana caía 0,336%, vendida da R$ 3,2293.

Acompanhe a cotação ao logo do dia:
Às 9h10, queda de 0,27%, a R$ 3,2314
Às 9h50, queda de 0,14%, a R$ 2,2358
Às 10h10, queda de 0,2%, a R$ 3,2336
Às 10h39, queda de 0,12%, a R$ 3,2361
Às 11h30, queda de 0,29%, a R$ 3,2407
Às 12h10, alta de 0,02%, a R$ 3,2407
Às 13h20, alta de 0,071%, a R$ 3,2425

 

Sem intervenção
O Banco Central não fará leilão de swap reverso nesta sessão, mantendo a prática que vem adotando no último dia de negócios de cada mês, mas oferecerá até US$ 3,3 bilhões com compromisso de recompra pela manhã, segundo a Reuters. A operação tem como fim rolar contratos já existentes.

Cenário interno
"Daqui para frente, os preços (nos mercados financeiros) só vão continuar melhorando se houver um ajuste fiscal claro que comece o mais cedo possível. E eu acho que há espaço para melhorar", disse à Reuters o diretor de gestão de recursos da corretora Ativa, Arnaldo Curvello, evitando citar cotações específicas.

"O mercado foi bastante complacente com o governo (do presidente interino Michel Temer) por causa da interinidade, assumindo que ele evitou atritos com o Congresso para não atrapalhar o processo de impeachment, mas isso acaba agora".

Operadores davam como certa a confirmação do afastamento definitivo de Dilma. Por isso, a reação imediata nos mercados tende a ser contida, segundo a Reuters.

A briga pela Ptax de agosto, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais, também deixava as cotações sensíveis a operações pontuais.

Juros nos EUA
Nesse contexto, o mercado brasileiro destoava de seus pares, onde o dólar se fortalecia em relação a diversas moedas emergentes após números fortes sobre o emprego no setor privado norte-americano.

O indicador alimentou expectativas de que o aguardado dado de criação de vagas fora do setor agrícola de sexta-feira também mostre bom desempenho, abrindo espaço para um iminente aumento de juros.

Declarações de autoridades do Federal Reserve (banco central norte-americano) vêm fortalecendo as apostas de que o banco central dos EUA deve elevar os juros em breve, possivelmente até o mês que vem.

Com taxas mais altas nos Estados Unidos, seriam atraídos para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.

Último fechamento
Na terça-feira, o dólar subiu 0,24%, vendido a R$ 3,2402. No mês, a moeda acumula leve queda, de 0,08%. No ano, há recuo acumulado de 17,93%.

Fonte: g1-Brasília