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Doria quer arrecadar R$ 2 bi com leilão do Autódromo de Interlagos

Privatização do espaço ainda depende de aprovação da Câmara.

Em 25/10/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O prefeito de São Paulo, João Doria, afirmou nesta quarta-feira (25) que esperar arrecadar, no mínimo, R$ 2 bilhões com o leilão do Autódromo de Interlagos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A privatização do espaço ainda depende de aprovação da Câmara dos Vereadores, mas, segundo o tucano, isso não deve ser um empecilho: “Temos um bom sentimento de que vai avançar”.

“A expectativa mínima que nós temos em relação ao valor do autódromo gira em torno de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões de reais. Mas esse valor pode mudar. Tudo depende do leilão e de quantas empresas estarão interessadas. Quanto mais empresas, seguramente melhor será o valor apurado”, disse o prefeito.

Doria quer realizar o leilão de Interlagos até abril de 2018. De acordo com ele, “já há algumas manifestações prévias de interesse e que serão ainda formalizadas”. Doria não quis revelar o nome dos potenciais investidores, mas adiantou que são “grupos internacionais e brasileiros também”. As empresas interessadas só serão conhecidas oficialmente após a realização de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) previsto para ocorrer até o fim deste ano. Nele, será definida também a modelagem da privatização.

Doria apresentou nesta quarta a conclusão das obras de readequação do Autódromo de Interlagos para o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que acontece nos dias 10, 11 e 12 de novembro. O tucano percorreu a pista como passageiro de uma Ferrari para testar a pista. Governo federal e Prefeitura investiram, juntos, R$ 21 milhões em melhorias no local.

Como em 2017 os carros da F1 estão até 40 km/h mais rápidos, inclusive nas curvas, a Prefeitura realizou uma série de intervenções na pista requisitadas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Foram gastos R$ 7 milhões em mudanças para dar mais segurança aos pilotos, como a implantação de ranhuras na reta oposta e na subida do Café, e o recapeamento do S do Senna. A Prefeitura ainda instalou novas barreiras de pneus, zebras, guard-rails e nova pintura antiderrapante.

Já o governo federal despendeu R$ 14 milhões em obras na área de paddock. O antigo edifício da administração do autódromo, por exemplo, foi transformado em um centro de mídia para melhor comportar os profissionais de imprensa - o GP do Brasil é, segundo informações da Prefeitura, a corrida com maior audiência televisiva entre todas as 20 provas do circuito.

A Prefeitura estima que a última edição do GP Brasil de F1 tenha movimentado ao menos R$ 250 milhões em turismo. De acordo com Doria, a projeção é ainda melhor para este ano. “É um dos três principais eventos que movimentam a cidade. 150 mil pessoas estarão aqui”, justificou.

(Foto: Reprodução/TV Globo)