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Eco-101 sugere construção de faixas adicionais na rodovia
Trocar a duplicação na BR-101 por faixas adicionais e contornos no ES, quer Eco-101.
Em 23/08/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Como alternativa à duplicação da BR-101, a concessionária Eco-101 sugeriu a construção de faixas adicionais na rodovia e contornos viários. A sugestão consta na Proposta de Adequação do Programa de Exploração Rodoviária (PER), que está sendo avaliada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O documento ainda prevê que as obras de melhorias só sejam realizadas quando o serviço oferecido na rodovia chegue ao nível considerado péssimo pelo “Manual de Capacidades em Rodovias”.
Mesmo prevista em contrato assinado em 2013, a duplicação dos 460 quilômetros da rodovia foi negada pela concessionária que administra a BR-101, em julho deste ano.
Dentre os problemas que inviabilizaram o andamento das obras, a concessionária listou a demora na concessão do licenciamento ambiental, as dificuldades com as desapropriações e desocupações da faixa de domínio - por onde passa a rodovia -, e a crise econômica.
Entre as propostas apresentadas pela concessionária no documento, estão:
Nova segmentação
Atualmente, a rodovia é dividida em nove trechos, que, de acordo com a concessionária, contém “inconsistências de agrupamento” e não consideram o nível de serviço da via. Agora, a Eco 101 quer dividir os 475,9 quilômetros da rodovia em 51 segmentos de trechos homogêneos.
Novo critério de avaliação da capacidade (gatilhos)
Com a nova segmentação dos trechos, a concessionária também propõe mudança no cálculo do chamado gatilho, que determina quando uma obra precisa ser realizada na rodovia.
O gatilho é acionado levando em consideração nível do serviço oferecido na rodovia, que é calculado com base em um “Manual de Capacidades em Rodovias” americano. Seis níveis de serviço são definidos, indo do A, que corresponde às melhores condições de operação, até o F, piores condições.
No contrato vigente, o gatilho para as obras de melhoria ou reparo deve ser acionado quando o nível de serviço for considerado D, ou ruim. Mas a proposta da concessionária é que as obras só sejam exigidas quando o nível E, considerado péssimo, for atingido.
A Eco-101 também propõe que a execução das obras esteja condicionada ao volume de tempo de congestionamento na rodovia, que deve ser de 50 horas.
“A proposta é que os gatilhos passem a ser medidos pelo nível de serviço e considerem as obras de duplicação e/ou implantação de faixas adicionais quando atingir o nível D => E / 50ª hora em cada um dos 51 novos trechos propostos”, diz o documento.
Faixas adicionais em trechos de pista simples
De acordo com a concessionária, o trecho atual da concessão possui um total de 48,6 quilômetros de faixas adicionais. A proposta, neste sentido, é de que outros 57,4 quilômetros de terceiras faixas sejam implantados em trechos de pista simples.
Uma das justificativas da Eco-101 é de que obras desse tipo podem ser feitas dentro da faixa de domínio, sem precisar de licença ambiental ou desapropriações, que seriam necessários em caso de duplicação.
“A implantação de 3ª faixas gera uma melhoria imediata de nível de serviço da rodovia, benefício que será de imediato sentido pelo usuário”
O trâmite burocrático para a obtenção de licenças ambientais é usado pela Eco-101 como uma das justificativas para sugerir a construção de faixas adicionais, antes da duplicação.
Contorno Viários
O Programa de Exploração Rodoviária estabelece como obrigatório a duplicação de trechos que cortam o centro de algumas cidades. Mas a concessionária diz que, em algumas cidades, como Linhares, Ibiraçu e Fundão, os trechos urbanos têm ocupações irregulares que, para serem duplicados, exigiram desapropriações.
Uma solução mais eficaz, de acordo com a empresa, consistiria na realização de “contornos viários, capazes de desviar o tráfego de passagem e de desafogar a área central destes municípios, especialmente no que diz respeito a veículos pesados”. Para a Eco-101, a construção dos contornos viários eliminaria os principais gargalos do trecho concedido.
(Foto: Leonardo Duarte/Secom-ES)
