CIDADE

Educadores transformam vidas de jovens em Vitória

Durante as atividades, refletem sobre relacionamentos em casa e na sociedade.

Em 02/07/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Paula M. Bourguignon - Secom/PMV

Os educadores sociais dos serviços da Secretaria Municipal Assistência Social (Semas) de Vitória, buscam entreter os jovens e fortalecer a convivência familiar e comunitária deles, além de promover oficinas educativas e criativas.

Durante as atividades, esses profissionais conversam e refletem sobre relacionamento em casa e na sociedade, mercado de trabalho e questões raciais. 

Vivian da Cunha

Aos 18 anos, Vivian da Cunha iniciava como aluna do Circuito Cultural, que oferece oficinas de música, teatro, dança, artes plásticas, vídeo, fotografia, desenho, literatura e capoeira. Há dois anos, esteve como aluna e atuou no administrativo do Centro de Referência da Juventude (CRJ).

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Isso a motivou a ir além: "No Circuito Cultural, fiz oficinas de tudo um pouco. Já no CRJ, vi que era isso que eu queria para a minha vida. Trabalhava no administrativo, mas sempre que tinha um tempo ajudava também na oficina de danças urbanas. Isso foi me motivando cada vez mais", disse Vivian, que está com 30 anos.

Ela é formada em Administração e fez o curso de dança contemporânea na Escola Técnica de Teatro, Dança e Música Fafi. Atualmente, é educadora social no Núcleo Afro Odomodê, no Morro do Quadro, atendendo jovens de 15 a 29 anos.

O espaço, que é gerenciado pela Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), desenvolve atividades para sensibilizar e mobilizar os jovens na luta contra o racismo e valorização da cultura negra.

"Ser educadora social é maravilhoso. É poder resgatar um pouco da história e contribuir para os jovens se descobrirem e ajudar para que eles encontrem o seu próprio caminho. É uma recompensa diária porque eu também vim de projeto social. Hoje, sou uma artista e educadora social por conta dessas atividades e de pessoas que me ajudaram a descobrir esse caminho e esse talento. Fazemos a diferença quando contamos a nossa história, do nosso cabelo e da nossa vida, e eles podem se apropriar disso e querer mudar o mundo como nós", comentou Vivian.

Kleber Marins

Há 10 anos como educador social do Projovem, Kleber Rodrigues Marins, formado em Biblioteconomia e prestes a se formar em Letras/Português, ambos cursos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), ele, que está com 33 anos, atua no Cras de Maruípe e conta como é trabalhar com a juventude:

"Queremos despertar nos jovens a consciência de reflexão e como devemos agir numa sociedade preconceituosa, racista, machista e homofóbica. Por isso, o papel do educador social é garantir o acesso à cultura, à informação e aos direitos negados a essa juventude tão marginalizada. Queremos educar com responsabilidade e criticidade sempre", disse Kleber Marins.

As atividades desenvolvidas no Projovem visam contribuir para a prevenção do uso de drogas, da violência entre os jovens, da incidência de doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez não planejada, atendendo jovens de 13 a 17 anos.

"O trabalho faz total diferença na vida deles e nas nossas vidas. Aprendemos com os adolescentes, trocamos de papel a todo momento. Eles trazem o que sabem e eu, as minhas vivências", explicou Kleber.

Kleber realiza suas atividades alinhado com Josiane Gundim Santos, assessora técnica dos Serviços de Fortalecimento de Vínculos do Projovem do Cras de Maruípe e Santa Martha.

Natanael de Souza

Natanael de Souza, de 35 anos, iniciou como educador social do Centro de Referência da Juventude (CRJ), em 2008, e está cursando Artes Visuais na Ufes.

"Nós, educadores, temos um papel de fortalecimento dos vínculos entre os jovens e as famílias. Buscamos também entender por que, muitas das vezes, esse jovem é discriminado pela sociedade, seja pela cor e por onde ele mora. Nosso trabalho tem como princípio levantar a autoestima e antecipar qualquer tristeza dele, já que acreditamos no seu potencial", disse Natanael de Souza, que é educador social do Projovem da Praia do Canto.

Ele trabalha em parceria com Katiucia Santana, técnica dos Serviços de Fortalecimento de Vínculos do Projovem do Cras da Praia do Canto.

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O Museu Capixaba do Negro (Mucane), no Centro, vai sediar a primeira edição do Festival Lacração - Arte e Cultura LGBT de Vitória, entre os dias 28 e 31 de agosto. Os interessados em participar do evento, que é voltado para o público LGBT, precisam fazer inscrição até 17 de julho.

Poderão participar da seleção todos aqueles que se autodeclarem indivíduos LGBT e que atendam às exigências do regulamento.

O resultado final com os selecionados para o evento será divulgado no dia 24 de julho, no site oficial do evento. 

Trabalhos

Cada participante poderá inscrever um trabalho em cada modalidade:

  • performance presencial

  • performance musical/sonora

  • videoperformances

  • oficinas de formação.

Trabalhos em grupo deverão ser inscritos em nome do coletivo, com a indicação de um responsável. Na ficha de inscrição, deverão constar os nomes de todos os integrantes do grupo.

Incentivo

O objetivo do evento é incentivar a produção, o desenvolvimento e a apresentação de processos de criação em artes (linguagens variadas) por indivíduos LGBT.

Serão selecionados:

  • 8 projetos na modalidade performance presencial;

  • 3 projetos na modalidade performances sonoras/musicais;

  • 4 propostas de oficinas de formação;

  • 10 videoperformances.

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