CULTURA

Egito descobre restos de pirâmide construída há cerca de 3,7 mil anos.

Entre estruturas encontradas ao sul do Cairo estão corredor e um bloco com inscrições hieroglíficas.

Em 04/04/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Ruínas de uma pirâmide construída há 3,7 mil anos foram descobertas no Egito, informou o Ministério de Antiguidades do país. Até o momento, entre as estruturas encontradas na necrópole real (cemitério de civilizações antigas) de Dahshur, ao sul do Cairo, estão um corredor e um bloco com dez linhas de hieróglifos.

O ministério divulgou imagens da construção que aparece em bom estado de preservação. O trabalho de escavação ainda vem tentando dimensionar o tamanho da pirâmide, que teria sido construída na 13ª dinastia faraônica.

"Todas as partes descobertas da pirâmide estão em boas condições, e mais escavações serão realizadas para se revelar mais partes (da estrutura)", informou o ministério.

Dahshur é onde o faraó Seneferu, da 4ª dinastia, construiu a primeira pirâmide de paredes lisas do antigo Egito, a Pirâmide Vermelha, de 104 metros de altura, há cerca de 4,6 mil anos.

Ele também ordenou, anteriormente, a construção da Pirâmide Curvada, de 105 metros.

Seneferu foi sucedido por seu filho, Quéops, conhecido por ter ordenado a construção da Grande Pirâmide de Gizé, também conhecida como Pirâmide de Quéops, que tem 138 metros de altura e é a única das chamadas sete maravilhas do mundo antigo que ainda permanece praticamente intacta.

Mais de 120 pirâmides

Os arqueólogos descobriram até agora 123 pirâmides antigas no Egito, disse Zahi Hawass, ex-diretor do Conselho Supremo de Antiguidades, à agência AFP.

Hawass confirmou que as ruínas encontradas no sul do Cairo parecem indicar que o monumento pertencia a "uma rainha enterrada próxima a seu marido ou filho".

"Esperamos encontrar alguma inscrição que revele a identidade do dono da pirâmide. Encontrar o nome de uma rainha desconhecida até agora serviria para completar a história", ressaltou o especialista.

As novas pesquisas são parte da chamada Operação ScanPyramids, que emprega equipamentos de escaneamento para localizar estruturas e cavidades ocultas.