TEMAS GERAIS

Empreendedorismo e economia são temas de aulas para crianças

O objetivo é que jovens desenvolvam características empreendedoras.

Em 12/10/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Divulgação

Poupar dinheiro, aprender a analisar opções de consumo a partir do valor e pensar em pequenos investimentos pode ser o início de um caminho empreendedor. Por conta disso, instituições como a escola Inova Kids desenvolvem programas que estimulam o empreendedorismo e o controle financeiro de crianças e jovens capixabas.

Cerca de 16 mil alunos em todo o Estado, com atuação na Grande Vitória e em cidades do interior como Conceição da Barra, Pinheiros, Ibiraçu, Dores do Rio Preto, João Neiva, Ibiraçu, Ibatiba, Boa Esperança e Anchieta.

“Não é objetivo que os jovens se tornem empresários, mas sim que desenvolvam características empreendedoras e que as apliquem em todos os campos de suas vidas, inclusive dentro da própria sala de aula. Em Pinheiros, uma aluna abriu a própria sorveteria com apoio dos pais e outros dois alunos montaram uma empresa de animação de festa infantil, fazendo covers de cantores e artistas. Em Vargem Alta um aluno do 6º ano escreveu e lançou seu primeiro livro. Esses exemplos nos mostram o sucesso dessa ideia” afirmou  o superintendente do Sebrae ES, José Eugênio Vieira.

Na Inova Kids, a proposta é promover a autonomia do aluno em suas vivências sociais, estimulando atitudes empreendedoras e a responsabilidade financeira. O curso é voltado para crianças de 6 a 12 anos, com uma aula semanal de duas horas de duração. Por lá, as crianças planejam e criam pequenas empresas, desenvolvem ideias, protótipos, produtos e executam todas as etapas do seu “primeiro negócio”.

Para a proprietária da escola, Ivana Bonesi, o objetivo da educação empreendedora está mais relacionada à preparação para a vida do que a qualificação profissional. “A educação empreendedora na infância, quando valores estão em formação, explora potenciais, estimula o agir autoconfiante e o desenvolvimento de competências como criatividade, iniciativa, gerenciamento de riscos, resiliência, organização, planejamento, inovação e relacionamento interpessoal”, concluiu.

Mãe do pequeno Davi, de sete anos, a enfermeira Alessandra Rocha Lage colocou o filho na escola desde que teve contato com o conceito de estimulação do empreendedorismo em crianças. Ela conta que já percebe o amadurecimento da relação de Davi com suas finanças.

“Ele entende o caminho que o dinheiro faz. Começamos a fazer quadro de mesada, que ele recebe a partir da execução de tarefas de casa. Compramos uma carteira para ele e seu objetivo é sempre de juntar, ele não quer gastar o dinheiro. Ele gosta de pescar e se interessou em saber quanto precisa juntar para comprar itens de pesca e está bem focado. Ele já entendeu que dinheiro poupado acumula”, ressaltou.