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Empresa usará scanner para achar contêineres que afundaram em SP

Varredura com scanner de longo alcance será feita próximo ao local do acidente.

Em 14/08/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A empresa responsável pelo navio Log-In Pantanal, que aguardava para realizar a manobra de entrada no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, e acabou sofrendo o acidente que derrubou 45 contêineres no mar, fará uma espécie de 'caça ao tesouro' e utilizará um scanner de longo alcance para encontrar os materiais que afundaram. O acidente aconteceu durante a madrugada desta sexta-feira (11) e interrompeu a navegação no canal de navegação por cinco horas.

De acordo com informações da Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), o acidente ocorreu entre 1h30 e 3h. Para evitar qualquer risco à navegação, o tráfego no canal do Porto de Santos foi interrompido. A navegação foi liberada completamente às 8h40 do mesmo dia.

A empresa Log-In, responsável pelo navio, contratará uma empresa especializada para os serviços de escaneamento e varredura do fundo do mar. O objetivo é localizar objetos que estejam até 20 metros da carta náutica. Os materiais e a quantidade de produtos que estavam dentro dos contêineres ainda estão sendo levantados, mas a expectativa é de que o prejuízo supere a casa dos milhões de reais.

Contêineres nas praias

Dois dos 45 contêineres foram encontrados encalhados em uma praia isolada de Guarujá. Autoridades marítima e ambiental conseguiram localizar apenas oito caixas metálicas após o acidente. Saqueadores foram flagrados arrombando o compartimento e retirando produtos armazenados. Em um rochedo próximo, material de isopor também se acumulava.

Espuma

Cerca de 24 horas depois do acidente, uma densa espuma apareceu em uma praia de Guarujá, no litoral de São Paulo. A prefeitura da cidade analisa se há ligação entre o acidente e o fenômeno.

De acordo com Stephanie Ramos Novais França, diretora de Promoção de Políticas de Sustentabilidade de Guarujá, o material já foi colhido e será analisado por um laboratório conveniado. No entanto, segundo ela, a empresa Log-In, responsável pelo navio, já afirmou à prefeitura que não havia produtos químicos nos contêineres que caíram no mar. A suspeita é de que a espuma tenha sido causada pela ressaca do mar, que atinge a região com a chegada de uma frente fria. O resultado da análise laboratorial será divulgado nos próximos dias.

(Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá )