Empresas investem no crescimento expressivo do setor de calcário agrícola.

Os sinais de melhorias na economia após uma longa recessão vêm do campo. Considerado o setor mais competitivo da economia nacional, o agronegócio é uma das apostas que se mantém resiliente mesmo durante a crise. E um dos segmentos com boas estimativas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o de produção de calcário agrícola, calculada em 209,4 milhões de toneladas para 2017.

As previsões positivas para o setor agrícola tornam esperançosas também as perspectivas para o segmento de calcário agrícola. Ainda de acordo com o IBGE, o consumo desse produto em 2015 foi de 35 milhões de toneladas no Brasil. Diante desse cenário promissor, as empresas passam a perceber o potencial desse nicho de mercado. O presidente do Grupo Provale, Emílio Nemer Neto, explica que esse setor é essa previsão de expansão no setor agrícola para os próximos anos reflete otimismo. "A nossa perspectiva é de que a produção de calcário agrícola tenha um desempenho bem melhor que no ano passado. A estimativa é duplicar o retorno nas vendas, uma vez que voltamos a focar este segmento no ano passado", comenta.

Atratividade do setor

Há 45 anos produzindo carbonato de cálcio, a empresa durante esse tempo percebeu a atratividade do setor e o seu crescimento. "É um mercado com um vasto potencial de investimento, isso justifica a nossa trajetória.", afirma o presidente da Provale. A empresa aposta na produção do calcário agrícola extraído em jazidas próprias, com moinhos modernos e de alta produção, de martelos e com classificadores.

A grande maioria dos solos brasileiros apresenta características de acidez, toxidez de alumínio, manganês e baixos níveis de cálcio, sendo uma das maiores limitações à produção agrícola. Para elevar a produtividade, a Provale investe na calagem, prática que mais contribui para o aumento da eficiência dos adubos. Consequentemente, cresce também a rentabilidade agropecuária. Entre os benefícios desse produto é a ampliação do pH do solo, fornece cálcio e magnésio como nutrientes, aumento na eficiência dos adubos, além de melhorias nas condições físicas do solo, proporcionando uma melhor aeração e circulação da água.

Por Jamile Carvalho