NEGÓCIOS

Empresários capixabas discutem cenário econômico do país.

Apex Meeting trouxe a Vitória o economista Samuel Pessôa.

Em 31/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O atual cenário político e econômico foi tema de discussão entre mais de 100 empresários de diversos setores da economia capixaba no Apex Meeting, que aconteceu ontem (29), no Sheraton Vitória. O evento contou com a palestra de um dos maiores economistas do país, o chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV), Samuel Pessôa, além do governador do estado, Paulo Hartung.

Promovido pela Apex Partners, empresa de investimentos e soluções financeiras do estado, o encontro apontou informação qualificada sobre o futuro da economia do país. O economista Samuel Pessôa destacou que o setor vinha desenhando melhora no desempenho, mas que voltou a desacelerar com a crise política deflagrada nas últimas semanas com as denúncias contra o presidente Michel Temer.

“Víamos uma expectativa de crescimento neste ano, com a esperança de deixar um cenário melhor para 2018. Mas o clima de recuperação mudou muito, e para pior. Tivemos o choque de quarta feira - manifestações em Brasília -, que do ponto de vista econômico cria uma incerteza que bate instantaneamente no câmbio, gerando preocupação sobre a inflação, e bate também na Bolsa”, disse.

https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gifA saída para voltar ao crescimento, no entanto, já foi iniciada, segundo Pessôa. O futuro da economia brasileira depende nesse momento da aprovação das reformas previdenciária e trabalhista propostas pelo governo, com ou sem Michel Temer. “O país está desequilibrado, principalmente o setor público, que gasta mais do que arrecada. O tema mais importante é se agenda de reformas continuará a andar no congresso nacional ou se ela irá parar”, destaca.

Paulo Hartung defende reformas estruturantes

O governador Paulo Hartung também defendeu no Apex Meeting a importância de o Brasil avançar em reformas estruturantes para recuperar a competitividade sistêmica e reduzir os altos índices de desemprego.

“No atual cenário nacional, minha preocupação não é com pessoas ou partido, mas saber se vamos ter capacidade de tocar a agenda reformista que o País precisa. Estamos atrasados mais de 15, 20 anos em um mundo que está integrado e é necessário ter capacidade de competitividade sistêmica. Quero prescrever para todos o exercício de liderança responsável e compartilhada. Não tem salvador da pátria. Precisamos modernizar este país e realizar as reformas estruturais. Se conseguirmos fazer isso, o país vai para frente e existe uma unidade federada que sairá ainda mais na frente e será o Espírito Santo” – afirmou o governador.