EDUCAÇÃO

Escolas apostam na tecnologia para acompanhamento dos alunos.

Algumas instituições de ensino do Distrito Federal já apostam na tecnologia.

Em 18/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Agenda, avisos escolares, recados. Na escola, esses mecanismos são usados constantemente para comunicação entre os alunos e a instituição. Em tempos de matrículas escolares,algumas instituições de ensino do Distrito Federal, apostam na tecnologia, com o intuito de aproximar e tornar mais rápida a comunicação entre estudantes, pais e direção, além de colaborar com o meio ambiente. Em contrapartida, estudantes com algum tipo de dificuldade de aprendizagem, apostam em aplicativos de aulas particulares que auxiliam na busca por profissionais que ministrem conteúdos de disciplinas como matemática, física, química, língua portuguesa, e outras, além de dicas como técnicas de estudos, com o intuito de melhorar o rendimento dos estudantes ao longo do ano. Duas instituições de ensino da cidade, além de um grupo de empresários do ramo educacional, apostam nessas medidas como transformadoras da educação.

Seguindo a linha da inovação tecnológica, o CEAV Jr., escola especializada em ensino infantil, localizada no Distrito Federal aposta na redução do uso de papel na sala de aula aproximando os responsáveis das atividades escolares dos estudantes por meio de um aplicativo de celular.

O app

O app que está em funcionamento nas duas unidades da escola, em Taguatinga/DF e Águas Claras/DF, conta com adesão de 86% dos 900 pais que mantém filhos matriculados. "A ideia é que em até dois anos os comunicados impressos e a agenda física não sejam mais utilizados na escola”, alega Otávio Martins, analista de marketing do CEAV Jr. Além de digitalizar os comunicados diários, o serviço traz o relatório de acompanhamento diário dos alunos.Todos os dias, os professores preenchem informações sobre a rotina da criança no aplicativo. Os dados são enviados em tempo real para os responsáveis, que recebem notificações no aparelho celular e por e-mail. As informações diárias retratam sobre o comportamento, higiene, saúde, alimentação, banho e sono dos filhos.

Uma das ferramentas mais utilizadas é o chat que permite a comunicação direta entre pais, professores e diretores. De acordo com a diretora da unidade de Águas Claras, Silvana Emília, todos os pais elogiaram a agilidade proporcionada pela iniciativa: “Os pais adoram, é uma comunicação rápida e a acessível. Eles pedem informações sobre o dia das crianças e, por vezes, falam de questões pessoais que podem influenciar na rotina escolar do filho. Fazemos questão de responder o mais rápido possível”, ressalta a profissional.

Acompanhamento escolar

Para os alunos que tiverem problemas de rendimento na escola, apps voltados ao acompanhamento escolar permitem com que os estudantes chamem os docentes para aulas de reforço. No caso do aplicativo AulaUP, criado para auxiliar na agenda dos mestres parceiros e intermediar o pagamento, feito por cartão de crédito. O app auxilia a conexão de alunos e educadores de maneira simples, segura e rápida, possibilitando que o aluno solicite e tenha aulas de português, matemática, história, geografia, ciências, física, química e biologia em até duas horas. Os professores cadastrados atendem os Ensinos Fundamental ao Médio, das 8h às 20h, por um valor pré-estabelecido de R$ 55 hora/aula.O download é gratuito e funciona em smartphones e tablets com o sistema Android e iOS. Com pouco mais de dois meses de funcionamento, o app reúne 600 docentes cadastrados, sendo 170 deles ativos, referência entre professores e alunos.

Professor da área de exatas do aplicativo, Pedro Alves, ressalta a importância do aluno dentro do Aula UP, já que o docente faz o acompanhamento através do histórico escolar, através de uma análise detalhada da evolução deles ao longo do ano, na medida em que os conteúdos são trabalhados. O professor cita o caso de uma estudante que tinha Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), e que, por ser tímida, não acompanhava o ritmo da turma,diferentemente do método individualizado, que fez as suas potencialidades serem exploradas, ao analisar a sua particularidade. "Quando a aula é individual, o aluno se solta, ganha mais confiança, o que faz com que ele crie mais oportunidades", salienta.

Atendimentos individualizados

Método similar utiliza o docente Marco Túlio que, além da abordagem caso a caso durante os atendimentos individualizados, faz o uso de algumas técnicas para que os alunos rendam mais nos estudos, como a técnica do Pomodoro, que consiste em pausas de cinco minutos em um ciclo de 25 minutos estudados. "Também procuro mostrar que a alimentação e uma dieta equilibrada são parte de um estudo de qualidade", destaca o professor.

Não a toa a abordagem trabalhada pelos docentes do aplicativo vem ganhando a confiança dos pais, que passaram a recomendar o app para conhecidos, além dos alunos, que vem se sentindo mais estimulados ao frequentarem as aulas. É o caso da estudante do último ano do Ensino Médio, Cristina de Menezes, que recorreu a disciplina de física no app, e ressalta a fácil organização das matérias no aplicativo, além da rapidez com que os docentes são encontrados, e a forma dos conteúdos trabalhados. "Não tem que ficar procurando com muita antecedência, e as matérias já se encontram categorizadas". A mãe de Cristina, a funcionária pública Silvana Menezes ressalta também a alta capacitação dos professores, expondo a percepção diferenciada na abordagem dos conteúdos. "Logo no primeiro atendimento, o professor pode dar uma atenção especial a ela, o que proporcionou com que obtivesse uma boa nota na avaliação, terminando o ano letivo de uma maneira positiva", diz Silvana.

Já o empresário Jefferson Neves ressalta que encontrou no aplicativo uma forma capaz de interação e bom convívio nos atendimentos para o filho. " É um aplicativo muito bom, pois proporciona a interação, além da facilidade em chamar o docente para ministrar as aulas. Antes tinha de procurar em vários locais, o que dificultava bastante", pondera o profissional.

Por Caio Barbieri