EDUCAÇÃO

Escolas investem em programas de intercâmbio para estudantes

Colégios têm proporcionado atividades de imersão na cultura em outro país.

Em 17/04/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Divulgação

Para uns, é um sonho ou um projeto de vida; para outros, uma oportunidade de se sobressair profissionalmente. Independente da motivação, a imersão numa língua estrangeira traz inúmeros benefícios que vão além do aperfeiçoamento no idioma. É, também, uma oportunidade de conhecer culturas diferentes, testar a capacidade de se adaptar a situações adversas e, já que será o único responsável por muitas tarefas que não precisaria se preocupar no país de origem, também desenvolverá a autoconfiança e um grande senso de responsabilidade.

O primeiro passo é decidir com o filho sobre o desejo, ou não, de fazer o intercâmbio, já que a viagem envolve muitas mudanças, como ficar longe da família, conviver com estranhos, mudar a alimentação, ajustar-se ao novo ritmo de estudo em uma escola diferente e até mesmo se adaptar ao fuso horário do outro país. Se a tomada de decisão até alguns anos atrás envolvia ir em busca de uma empresa confiável para os jovens, essa responsabilidade, agora, tem sido dos próprios colégios que, atentos às mudanças, passaram a oferecer esse tipo de programa.

Vantagens: além de contar com o respaldo da escola, os estudantes podem ter, ainda, a presença dos amigos e de um professor, capazes de proporcionar apoio durante esse período longe do Brasil. “O foco dessas experiências é a interculturalidade, mas é importante que eles estejam bem para interagir com as atividades recreativas e socioculturais bastante intensas, além de estudos ‘de meio’ que estimulam os conhecimentos adquiridos em países falantes de língua inglesa”, afirma Susan Clemesha, coordenadora bilíngue da Sphere International School, que oferece dois tipos de programas.

Em escolas internacionais, o bilinguismo é desenvolvido desde os primeiros anos de vida escolar, portanto o segundo idioma já é de fluência dos alunos, que acabam optando pelo intercâmbio para ter a vivência intercultural. No colégio de São José dos Campos, a primeira viagem internacional acontece com os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, com destino aos Estados Unidos, e a segunda é com a turma do 9º ano, para a Inglaterra. “O intercâmbio cultural, mais do que provocar o contato linguístico, faz com que o aprendiz supere desafios, seja mais proativo e conviva com outras realidades capazes de aprimorar o conceito e o respeito à diversidade cultural, características fundamentais de cidadãos ativos e preocupados em fazer a diferença num ambiente global”, completa a coordenadora.

“Fazer intercâmbio envolve muitos fatores e, uma vez que a decisão é tomada, é de extrema importância que o estudante acompanhe todas as etapas, da compra da passagem, à escolha do destino até datas de embarque e retorno. Quanto mais informações o jovem tiver, mais seguro ele ficará”, garante a CEO da The Kids Club, Sylvia de Moraes Barros, rede de franquias especializada no ensino de inglês para crianças a partir de 18 meses até os 12 anos, que conta com uma parceria com a Project International, empresa de intercâmbio para crianças e adolescentes.

Nos meses do verão europeu, os jovens desembarcam no campus de colégios e universidades britânicas para estudar o idioma e praticar esportes, além de curtirem passeios culturais pela cidade. Assim como o colégio internacional, os professores da rede também podem acompanhar os jovens nessa primeira experiência fora das fronteiras tupiniquins. “Para os pais que preparam os filhos desde bem pequenos para essa interação, a experiência tende a ser mais motivadora e com resultados melhores, já que, para o adolescente, a compreensão do idioma não será um empecilho”, complementa Sylvia.

Portanto, a dica é investir no curso ainda no Brasil, já que quanto antes houver o contato com o idioma, mais tranquilo será a adaptação à viagem e, principalmente, para que o jovem possa aproveitar outros aspectos que envolvam a experiência.