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Esplanada tem bloqueios para votação da reforma da Previdência.

No local, foram mobilizadas unidades do Bope e do Batalhão de Cães.

Em 09/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Três faixas da Esplanada dos Ministérios, dos lados Norte e Sul, foram cercadas pela Polícia Militar na manhã desta terça-feira (9) para "previnir" danos ao patrimônio e confrontos durante possíveis manifestações enquanto a Câmara dos Deputados vota a reforma da Previdência (PEC 287).

A Comissão Especial da reforma está reunida desde as 10h para tentar concluir a análise do relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), que apresenta 12 mudanças nas regras da aposentadoria.

Apesar da interdição, "o fluxo de trânsito segue normalmente", informou a PM. Segundo os militares, por volta das 12h30, havia unidades do Bope, do batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), da Patrulha Tático Móvel, e do Batalhão de Policiamente com Cães. "A situação é tranquila e não há manifestantes."

A reforma

A reforma da Previdência Social enviada ao Congresso Nacional prevê, entre outras propostas, estabelecimento de idade mínima de 65 anos para os contribuintes reivindicarem aposentadorias. Antes de enviar o texto ao Legislativo, o presidente Michel Temer apresentou as ideias a líderes partidários do Congresso.

Além de fixar uma idade mínima para a aposentadoria de homens e mulheres, as novas regras, se aprovadas, irão atingir trabalhadores dos setores público e privado. De acordo com o governo, a única categoria que não será afetada pelas novas normas previdenciárias é a dos militares.

Pelas regras propostas pela gestão Temer, o trabalhador que desejar se aposentar recebendo a aposentadoria integral deverá contribuir por 49 anos.

O governo federal estima que deixará de gastar cerca de R$ 740 bilhões em 10 anos, entre 2018 e 2027, com as mudanças propostas por meio da reforma da Previdência Social. Desse valor total, as mudanças no INSS e nos benefícios por prestação continuada (BPC) representariam uma economia de R$ 678 bilhões e, nos regimes próprios, de cerca de R$ 60 bilhões.