NEGÓCIOS

Estados Unidos e México são os principais compradores de rochas do ES.

Produtos de alto valor agregado conseguem segurar vendas para o exterior.

Em 04/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Rochas brasileiras com cores e movimentos fortes estão cada vez mais atraindo compradores nos Estados Unidos e no México. O setor de rochas ornamentais vem aumentando suas vendas para esses países, com materiais de alto valor agregado, refletindo em bons negócios em tempos de crise econômica no Brasil.

Dados do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) apontam que as vendas de mármore e granito para o exterior registraram uma queda de 3,16% de janeiro a setembro deste ano, se comparado com o mesmo período do ano passado, porém houve um crescimento nas operações envolvendo chapas, que chegam a custar de seis a sete vezes mais que os blocos. Tanto é que o preço médio dos materiais vendidos no intervalo analisado teve um aumento de 10,68%.

Os Estados Unidos, principal comprador de chapas das empresas do setor, compraram 3,11% a mais no comparativo com o mesmo período de 2014. Em valores absolutos, esse percentual significa um aditivo de US$ 18 milhões, totalizando um montante de US$ 628,9 milhões. Já o México teve alta de 15%, somando US$ 23 milhões.

Esses mercados alavancam o segmento de rochas ornamentais, visto que as vendas para a China, principal comprador de blocos, tem registrado quedas sucessivas. De janeiro a setembro deste ano, as operações para o país asiático teve uma redução de 35,53%. Ainda assim, o mercado chinês continua sendo o segundo maior comprador de pedras brasileiras, com um montante de US$ 75 milhões.

A superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello, explica que a retomada da economia norte-americana reflete diretamente no comércio das rochas ornamentais capixabas e, consequentemente, brasileira. “O Espírito Santo é o maior exportador e beneficiador de mármore e granito, e as pedras exóticas sempre foram as preferidas no mercado internacional”, disse.

Mais de 92% das chapas exportadas pelo Brasil são oriundas de empresas capixabas, totalizando mais de US$ 657 milhões. O Rio de Janeiro ocupa a segunda colocação, com US$ 16,1 milhões, seguido por Minas Gerais, com US$ 15,2 milhões.

Fonte: C2 Comunicação