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Estudante do ES faz concurso no RJ, fica exposta ao sol e passa mal.

Bruna Arpini disse que locais eram muito diferentes entre candidatos.

Em 16/03/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Uma estudante de Direito de 21 anos passou mal após ficar 4h30 exposta ao sol durante uma prova do concurso do Tribunal Regional Federal (TRF). Bruna Arpini, que mora em Guarapari, no Espírito Santo, contou que fez a prova na escola técnica Isepam, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, no domingo (12).

Em uma foto que Bruna tirou após o concurso dá para ver as queimaduras de sol nas costas da jovem.

“Só o calor era suficiente para desconcentrar, eu pingava suor. Eu saí de lá ensopada. O agravante foi eu ter ficado no sol. Em nenhum momento parou de ficar sol. Eu não tinha condições nenhuma de fazer a prova. Eu estudei para fazer uma boa prova e eu não tive condições”.

A estudante contou que ao chegar na escola onde a prova estava marcada viu que a sala estava sem ar condicionado, com ventiladores e janelas quebrados.

“Lá é muito quente. Cerca de 7h o sol já está escaldante. Iniciei a prova às 8h e eles deixaram claro que não trocaria ninguém de lugar, porque as cadeiras já tinham nome marcado. Não permitiram que a gente saísse. Eu não poderia trocar de lugar”, afirmou.

Bruna disse ainda que ficou com queimaduras de sol. “Saí da prova passando mal, só que eu não tinha entendido a proporção daquilo. Como eu sou morena, pensei que tinha queimado pouco. Cheguei no hotel, tomei comprimidos de dor de cabeça, meu couro cabeludo estava muito quente. Tive que voltar para fazer uma outra prova depois do almoço. No mesmo lugar, só que dessa vez em uma sala sem sol, mas ainda com muito calor”, explicou.

Depois que voltou para Guarapari, Bruna precisou ir para o hospital. “Voltei para Guarapari na segunda-feira pela manhã. Mas na segunda à noite comecei a ter vontade de vomitar, diarreia. Fiquei assim na terça também. Nesta quarta (15), tive que ir para o Pronto Socorro tomar soro e remédio na veia”, completou.

A estudante ainda não entrou em contato com a organizadora do concurso, a Consulplan, mas disse acredita que não houve isonomia no concurso.

“Ainda não fiz a reclamação porque passei mal e não achei aonde enviar no site. Pode até ter, mas não consegui encontrar. Não estou dizendo que se eu tivesse feito a prova em outras condições teria passado em 1º lugar, mas fui prejudicada porque estudei muito para fazer uma boa prova. Outras pessoas também estavam na mesma situação que a minha e outros em condições muito melhores”, concluiu.

A Consulplan, empresa responsável pela organização do concurso, foi procurada pelo G1, mas até as 11h50 ainda não havia se posicionado sobre o assunto.