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EUA e Turquia vão lançar operação "abrangente" contra EI.

Conversações detalhadas entre Washington e Ancara sobre os planos foram concluídas no domingo.

Em 24/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Turquia e os Estados Unidos em breve vão lançar operações aéreas "globais" para expulsar combatentes do Estado Islâmico de uma zona no norte da Síria, na fronteira com a Turquia, disse o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, em entrevista à Reuters nesta segunda-feira.

Conversações detalhadas entre Washington e Ancara sobre os planos foram concluídas no domingo, e aliados regionais, incluindo a Arábia Saudita, Catar e Jordânia, assim como a Grã-Bretanha e a França, também podem participar, disse Cavusoglu.

"As negociações técnicas foram concluídas ontem, e em breve vamos iniciar essa operação, operações abrangentes, contra o Daesh (Estado Islâmico)", afirmou.

Segundo funcionários familiarizados com o plano, os Estados Unidos e a Turquia planejam fornecer cobertura aérea para rebeldes sírios considerados moderados pelos norte-americanos, como parte das operações que visam expulsar o Estado Islâmico de um retângulo de território fronteiriço, de cerca de 80 quilômetros de extensão.

Diplomatas dizem que cortar o acesso do Estado Islâmico à fronteira com a Turquia, através da qual tem sido capaz de trazer combatentes estrangeiros e suprimentos, poderia ser um divisor de águas no conflito. Jatos norte-americanos já começaram os ataques aéreos a partir de bases turcas.

Segundo Cavusoglu, as operações também enviariam uma mensagem ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e ajudariam a colocar pressão sobre seu governo para vir à mesa de negociações e buscar uma solução política para a guerra na Síria.

Separadamente, o ministro das Relações Exteriores turco disse estar satisfeito com a normalização das relações de alguns países ocidentais com o Irã, na sequência do acordo nuclear, mas afirmou que o governo iraniano agora precisa adotar um "papel mais construtivo" em crises regionais, incluindo as da Síria, Iraque e Iêmen.

Fonte: Reuters