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EUA tiram cerca de 60% dos funcionários da embaixada em Cuba

A ordem contempla também a suspensão da emissão de vistos na embaixada em Cuba.

Em 29/09/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Departamento de Estado dos Estados Unidos ordenou saída de cerca de 60% dos diplomatas e funcionários da representação do país em Cuba após ataques sônicos, segundo a Associated Press. De acordo com a CNN, a medida também atinge as famílias de diversos funcionários considerados 'não essenciais' pelo governo norte-americano.

A ordem, anunciada nesta sexta-feira (29) pelo Departamento de Estado, contempla também a suspensão da emissão de vistos na embaixada em Cuba de maneira indefinida, de acordo com funcionários americanos citados sob anonimato pela CNN e pela CBS.

A decisão é um golpe aos laços, já fragilizados, entre os Estados Unidos e Cuba. Os dois países deixaram as hostilidades para trás no fim de 2014, ainda na administração de Barack Obama.

Os EUA também devem lançar, nas próximas horas, uma advertência de viagem, ainda que os ataques sônicos não tenham atingido nenhum turista norte-americano, mas tenham sido supostamente registrados em hotéis da ilha.

Por enquanto, de acordo com a Associated Press, o país não vai determinar que os diplomatas cubanos saiam de Washington, outra medida que, de acordo com funcionários do governo, foi considerada.

A decisão final foi determinada pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, que está em viagem para a China. Junto com o presidente dos EUA, Donald Trump, Tillerson revisou as opções sobre o que fazer com a embaixada no começo da semana.

Os ataques

Quase um ano depois que diplomatas americanos alocados em Havana reportaram problemas de saúde, os investigadores americanos seguem sem saber quem está por trás dos ataques, que afetaram pelo menos 21 diplomatas e suas famílias. Ainda que tenham sido qualificados pelo Departamento de Estado como "incidentes", funcionários do governo já tratam a questão como "ataques específicos".

Os sintomas dos ataques variam aplamente de pessoa para pessoa. Além de perda de audição e lesões graves no cérebro, alguns pacientes também apresentaram náuseas, dores de cabeça e zumbido no ouvido. De acordo com uma investigação da Associated Press, alguns afetados pelo ataque agora sofrem dificuldades de se concentrar e lembrar palavras comuns.

(Foto: Desmond Boyland/AP Foto)