TEMAS GERAIS

Ex-presidente da Interpol se declara culpado de corrupção na China

O ex-presidente chinês da Interpol Meng Hongwei, 65 anos.

Em 20/06/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: AFP/Arquivos

O ex-presidente chinês da Interpol Meng Hongwei, 65, declarou-se nesta quinta-feira culpado de corrupção, durante seu julgamento, em Tianjin, norte da China.

Meng, ex-vice-ministro da Segurança Pública, mostrou arrependimento por ter aceito 2,1 milhões de dólares em subornos, informou o tribunal de Tianjin em redes sociais. “O veredito será anunciado em data posterior”, assinalou a fonte.

O julgamento durou meio dia. A TV pública CCTV mostrou Meng no tribunal, rodeado por dois policiais, com cara de cansaço e os cabelos mais grisalhos.

Arrependimento

“De 2005 a 2017, o acusado se aproveitou de suas funções e de seu poder para ajudar empresas estrangeiras em seus negócios e indivíduos a obter promoções hierárquicas” em troca de remuneração, destacou o tribunal. “Ele fez uma declaração final em que admitiu sua culpa e se mostrou arrependido.”

Meng Hongwei desapareceu da Interpol em setembro de 2018, depois de uma viagem a China, onde foi detido. Em março passado, foi expulso do Partido Comunista Chinês (PCC).

Após uma dezena de dias, Pequim anunciou que ele havia retornado à China, onde era suspeito de corrupção, e que, desde então, permanecia detido.

O ex-dirigente, vice-ministro da Segurança Pública e diretor do Escritório da Polícia Marítima da China, também foi afastado de todas as suas funções oficiais.

MÊS DOS NAMORADOS. COMPRE PELO SITE

Resultado de imagem para Produtos Racco

Mulher na França

Meng Hongwei é o enésimo dirigente comunista afetado pela campanha anticorrupção lançada pelo presidente Xi Jinping em 2013, pouco depois de sua chegada ao poder. Segundo dados oficiais, 5 milhões de diretores do PCC foram punidos.

Esta operação “mãos limpas” é popular entre a opinião pública, incomodada com a corrupção de funcionários, mas alguns suspeitam de que a mesma também sirva para tirar do caminho opositores de Xi dentro do partido.

A mulher de Meng, Grace, e seus dois filhos obtiveram asilo político na França em maio. A mulher, que alegou temer por sua segurança, denunciou uma tentativa de sequestro.

O governo chinês criticou a concessão de asilo político a Grace, considerando que se tratou de “um abuso total do procedimento francês”.

A escolha de Meng para comandar a Interpol, no fim de 2016, foi considerada uma vitória pela China, apesar da preocupação causada entre os defensores dos direitos humanos. - AFP

Notícias do ES, do Brasil e do Mundo, acesso gratuito e ilimitado: CCNEWS BRASIL