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Ex-presidente do conselho da Volkswagen não testemunhará em investigação.

Piech, que também é o ex-presidente-executivo da VW e liderou a expansão global da montadora.

Em 13/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

HAMBURGO/BERLIM  - O ex-presidente do conselho da Volkswagen (VOWG_p.DE: Cotações), Ferdinand Piech, que pediu demissão após um confronto com o ex-presidente-executivo Martin Winterkorn, recusou-se a testemunhar aos promotores alemães que estão investigando um possível papel do governo no escândalo de emissões da VW, de acordo com seu advogado.

Piech, que também é o ex-presidente-executivo da VW e liderou a expansão global da montadora, prestou despoimento a advogados do escritório de advocacia norte-americano Jones Day em abril e a promotores alemães em Braunschweig, perto da sede da VW em Wolfsburg em dezembro, disse seu advogado.

“Estes comentários foram solidamente direcionados aos que fizeram o interrogatório do (escritório) Jones Day e aos promotores, respectivamente. Eles não foram direcionados à imprensa”, disse o advogado de Piech, Gerhard Strate, em declaração enviada por e-mail.

O advogado afirmou que Piech não tem intenção “de comentar em público o que está sendo questionado como o suposto conteúdo do interrogatório”.

Uma reportagem feita pela imprensa alemã esta semana informou que Piech teria relatado a altos diretores da VW sobre uma potencial irregularidade com testes de emissão de diesel nos Estados Unidos seis meses antes de o escândalo ter vindo à tona, em setembro de 2015.

Piech não comentou a reportagem, feita pelo Bild am Sonntag.

Os oito membros do comitê interpartidário questionarão Weil e o Ministro dos Transportes alemão, Alexander Dobrindt, sobre o escândalo na quinta-feira.

O painel foi criado em abril para esclarecer se o governo federal alemão e seus reguladores estavam envolvidos na manipulação de emissões feita pela VW ou se fracassaram em contribuir para seu descobrimento.

Reuters