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Exército da Nigéria anuncia retomada de cidade controlada por extremistas.

Apesar da falta de dados oficiais, nesse ataque podem ter morrido mais de 2 mil pessoas.

Em 21/02/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Exército da Nigéria anunciou hoje (21) que recuperou o controle da cidade de Baga, no Nordeste do país, tomada pelo grupo terrorista Boko Haram em janeiro, após um ataque que foi considerado o mais sangrento dos últimos seis anos. Apesar da falta de dados oficiais, nesse ataque podem ter morrido mais de 2 mil pessoas.

“As tropas recuperaram Baga neste sábado à tarde, depois de uma batalha feroz com os terroristas. Baixas pesadas. Operações de limpeza em curso. Detalhes mais tarde”, informou o Exército, em sua conta no Twitter.

Antes do anúncio, o governo nigeriano informou que sete soldados e 14 militantes do Boko Haram morreram ontem em combate no Sudeste do Níger, perto do Lago Chade, após rebeldes do grupo terrorista atacarem a localidade de Karouga. O lugar fica na fronteira entre o Níger, a Nigéria e o Chade.

Neste sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Laurent Fabius, iniciou uma missão oficial ao Chade, a Camarões e ao Níger para confirmar a “solidariedade” do governo francês a suas ex-colônias que lutam contra os extremistas do Boko Haram. A visita tem o objetivo de atrair apoio internacional mais profundo para financiar as operações militares contra o grupo terrorista.

O Boko Haram, que executa ataques na Nigéria desde 2009, já matou mais de 13 mil pessoas, principalmente no Nordeste do país, onde conseguiu ocupar partes do território. Ao todo, 1,5 milhão de nigerianos foram obrigados a deixar suas casas para fugir do massacre terrorista. Recentemente, o grupo passou a atacar também regiões do Chade, do Níger, e de Camarões.

No início do mês, a Nigéria e seus vizinhos – Chade, Níger, Camarões e Benin – fecharam um acordo para mobilizar cerca de 9 mil homens em uma força multinacional de luta contra o Boko Haram. Vários deles já estão atuando nas áreas de conflito.

Fonte: Ascom/Exército da Nigéria/Agência Lusa/