ECONOMIA NACIONAL

Exportações de soja batem recorde no mês de novembro

Esses resultados colocam o país como principal exportador do grão no mundo.

Em 13/12/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Em novembro, a exportação de soja no Brasil atingiu um recorde para o período. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foram exportados daqui do Brasil mais de dois milhões de toneladas do produto.  Ainda de acordo com a pasta, a venda de soja em grão aumentou 29%. Esses resultados colocam o país como principal exportador do grão no mundo, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, CNA.

A alta nas exportações é reflexo de uma grande produção.Segundo dados divulgados no balanço da CNA para o ano de 2017, foram exportados mais de 65 milhões de toneladas do produto. A produção de soja também bateu recordes com 114 milhões de toneladas contabilizadas em 2017. Um acréscimo de 19,5% com relação à safra anterior.

Marcos da Rosa é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja, a Aprosoja. Ele comenta que essa super produção brasileira pode ser explicada por conta das tecnologias investidas na produção e no clima propício. De acordo com ele, a venda dessa grande quantidade de soja só foi possível por conta de um aumento na demanda vindo, principalmente, de países asiáticos.

No entanto, ele dá detalhes que mostram que o cenário não é completamente positivo.

“O produtor tem a necessidade de aumentar a produtividade por conta dos custos de produção, mas infelizmente, esses custos estão subindo junto com a produtividade. Embora o Brasil tenha um bom número de bilhões exportados, seja de soja ou de milho, o produtor não conseguiu colocar no bolso a renda dessa benécia a toda sociedade brasileira, porque os preços foram muito deprimidos", afirmou.

O Brasil, de acordo com a CNA, é o segundo maior produtor mundial de soja. Para 2018, a CNA e a Aprosoja esperam uma safra menor do que a desse ano, uma queda em torno dos 1,7%. A previsão de exportação ficará em torno dos 66 milhões de toneladas, apesar da grande diminuição, o Brasil não perderá o posto de maior exportador do produto.

(Foto: Divulgação)