NEGÓCIOS

Falta de mão de obra retarda colheita de café conilon no ES

Trabalhadores colhem café em São Gabriel da Palha, no Espírito Santo.

Em 20/07/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Vitória - A falta de mão de obra tem retardado a colheita do café conilon (robusta) no Espírito Santo, maior produtor nacional da variedade, com parte da safra “secando” nos campos, disseram especialistas à reportagem nesta quinta-feira, alertando para o risco de produtividade potencialmente menor nesses casos.

De acordo com o consultor Gil Barabach, da Safras & Mercado, neste ano houve atraso na maturação dos cafezais capixabas, e os trabalhos de colheita começaram mais tardiamente, intensificando-se em junho e coincidindo com as atividades envolvendo arábica, produto mais valorizado que o conilon.

O Espírito Santo, embora seja líder nacional em café conilon, tem também uma expressiva produção de arábica, sendo o terceiro maior produtor desta variedade, atrás de Minas Gerais e São Paulo.

“Os trabalhos de colheita geralmente começam antes com o conilon, depois com o arábica. Mas, como atrasou, agora ambos os cafés estão brigando por mão de obra”, afirmou o consultor, acrescentando que o atraso na maturação se deu basicamente no Espírito Santo —Rondônia, outro importante produtor de robusta, registra uma safra dentro da normalidade.

Nesta semana, tanto a Safras quanto o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, relataram atraso na colheita de conilon, algo atípico para meados de julho, quando as atividades já estão praticamente encerradas.

Foto: REUTERS/Jose Roberto Gomes