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Ferido em acidente na BR-101 morre em hospital, no ES.

Outros 21 morreram no local.

Em 23/06/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O número de mortos do acidente na BR-101, em Guarapari, subiu para 22 na noite desta quinta-feira (22), sendo que 21 pessoas morreram no local e uma morreu no hospital. Osivan dos Santos Vila Boas estava internado em estado grave na UTI do Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.

A tragédia na BR-101, em Guarapari, aconteceu após a colisão entre uma carreta, um ônibus de viagem e duas ambulâncias, no início da manhã desta quinta. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que a carreta transportava uma carga além da permitida e estava com pneu careca. O governo do estado decretou luto de três dias. Esta foi a pior tragédia em rodovias da história no Espírito Santo.

Fatalidade

Segundo a família, foi a saudade do filho caçula de apenas 2 anos que fez com que o motoboy Osivan dos Santos Vila Boas, de 38 anos, quisesse voltar antes da data prevista de São Paulo para Cariacica.

O motoboy havia ido a São Paulo para uma consulta médica e para tentar resolver pendências de um processo na Justiça. Ele fazia tratamento de esclerose múltipla. A esposa contou que ele estava muito feliz por ter conseguido um exame gratuito em São Paulo.

"Ele descobriu a doença por meio de uma ressonância em 2014 e fazia tratamento aqui. Porém, precisava de um exame que fazia a retirada de líquido da coluna, que não conseguia aqui no Espírito Santo. Em São Paulo, a irmã dele conseguiu a consulta e, no último sábado, ele seguiu para lá, onde a família dele mora. Na segunda-feira, ele foi na consulta e saiu com tudo certo para os exames, ele estava feliz", detalhou a esposa de Osivan, Erlane Ferreira, de 32 anos.

Na terça-feira (20), Osivan permaneceu na capital paulista para conversar com um advogado da família sobre um processo sobre a morte da irmã dele, a babá Raquel dos Santos Vila Boas, que morreu em um acidente de helicóptero em dezembro de 2014.

"A última vez que nos falamos foi por mensagem de telefone, por volta das 21h, na quarta-feira. Perguntei porque ele viria hoje (quinta-feira), já que normalmente quando vai pra São Paulo fica uma semana. Disse que não estava mais aguentando a saudades do Nicolas, nosso caçula", lembrou a esposa, 30 minutos depois de visitar o marido na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.

Pouco mais de três horas depois desse depoimento, Erlane recebeu a informação de que o marido não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

A cunhada dele, Erlande Ferreira Silva, falou que Osivan era apaixonado pela família. "Acho que ele esperou minha irmã ir vê-lo para enfim descansar. Era um apaixonado pelos filhos e estava feliz em ter conseguido a marcação do exame em São Paulo. Ele voltou com a esperança de vida e acabou nessa tragédia", desabafou.

Vítimas

  • Pelo menos 13 mortos e 19 feridos estavam no ônibus.
  • Na ambulância de Jerônimo Monteiro, o motorista morreu. Os outros 5 passageiros tiveram ferimentos leves e não entram na lista de feridos da Sesp porque não precisaram ir para o hospital.
  • 3 feridos estavam na ambulância de Alfredo Chaves.
  • O motorista do caminhão morreu.
  • Há mais 6 mortos que ainda não se sabe em qual veículo estavam.
  • 1 ferido grave morreu no Hospital Jayme Santos Neves

Perícia

O Corpo de Bombeiros fez a perícia do local do acidente e deve divulgar um laudo em 30 dias. A Polícia Civil também periciou o local e fará outro laudo. As investigações do acidente ficam com a Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo) de Guarapari.

Acidente

A PRF informou que a carreta, que transportava rochas invadiu a contramão e bateu no ônibus da viação Águia Branca. As duas ambulâncias seguiam atrás do coletivo e também foram atingidas. Testemunhas contaram que, assim que o caminhão bateu no ônibus, o coletivo partiu ao meio e pegou fogo.

Os passageiros do ônibus receberam os primeiros-socorros na rodovia. Alguns precisaram ser levados de helicóptero para hospitais da Grande Vitória. Ainda segundo a PRF, a maioria das vítimas teria morrido carbonizada.

  (Foto: Arte/ G1)
 
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)