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Fogo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros atinge casa
Incêndio na região já destruiu mais de 26% da região da reserva.
Em 28/10/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
fogo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros atingiu uma casa e uma pousada entre Alto Paraíso de Goiás e a vila de São Jorge. O moradores e voluntários trabalharam para conter as chamas. Em um dos casos as chamas atravessaram o Rio São Miguel. Ninguém ficou ferido.
O primeiro incêndio atingiu a casa Solange Alves, que mora no local há mais de 30 anos. As chamas vieram do Jardim de Maytrea e do Morro da Baleia e se alastraram.
"O fogo veio por trás, destruiu nosso pomar, algumas caixas de abelha, o galinheiro, nossa garagem, o bambuzal que tem na frente. E o fogo atingiu o telhado bem em uma telha de plástico, que derreteu e o fogo atingiu uma cama", disse, ainda um pouco abalada com o susto.
Segundo ela, o estrago poderia ter sido maior. "A gente estava em casa na hora. Se não tivesse ninguém, teria queimado tudo", afirmou.
Marcelo Roriz tem uma pousada a alguns quilômetros da casa de Solange e também foi atingido pelas chamas na madrugada de quarta feira. Um dos chalés da pousada foi completamente destruído. Não havia hóspedes no momento e ninguém se feriu.
"O fogo desceu a serra, cruzou o rio e atingiu o chalé. Foi muito rápido. Tentamos fazer acero, tiveram voluntários trabalhando também, mas acabou atingindo uma das casas", explicou.
Incêndio
O primeiro foco do fogo começou no dia 10 de outubro. As chamas foram controladas, mas novos focos surgiram no dia 17 do mesmo mês. Bombeiros e voluntários trabalham para extinguir o incêndio, já considerado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) o maior da história do Parque Nacional.
A Polícia Civil suspeita que o incêndio seja criminoso. "A parte mais rasteira da vegetação, as áreas de campo limpo, campo sujo, já começam a se regenerar seis meses após as primeiras chuvas. Cerca de 80% dessa parte já volta ao normal nesse período. Dentre de um ano e meio, o restante se regenera", explicou ao G1 Christian Berlinck.
O Ministério Público Federal (MPF) também abriu inquérito civil para apurar as causas do incêndio.
(Foto: Vitor Santana/G1)