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"Foi muito pequena", diz Alckmin sobre greve dos professores em SP.

Governador falou sobre o assunto em visita a Jaú neste sábado (13).

Em 13/06/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

No dia seguinte ao fim da mais longa greve de professores estaduais de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin afirmou neste sábado (13) considerar a paralisação “muito pequena”. “Foi muito importante o término da greve, não tinha o menor sentido e acho que foi uma medida de bom senso. Nós vamos verificar agora na reposição que a greve foi muito pequena, porque quase não teve falta em razão dos substitutos. Professores efetivos quase não participaram da greve e quando participaram, foram substituídos”, declarou.

O governador participou da cerimônia de inauguração de uma nova ala do Hospital Amaral Carvalho em Jaú (SP), que é referência no tratamento do câncer na região.

Segundo Alckmin, nas escolas onde as aulas foram prejudicadas durante os 92 dias de greve vai haver reposição. “As escolas que não tiveram aulas vão ter reposição o mais rápido possível, pode ser durante as férias escolares ou pós-aula, no fim do ano. A secretaria de educação está fazendo o planejamento.”

A greve terminou na sexta-feira (12) após assembleia realizada no vão livre do Masp,em São Paulo. A categoria reivindicava 75,33% de aumento para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior. Durante a greve, o governo do estado disse ter dado reajuste de 45% no acumulado dos últimos quatro anos. Além do reajuste salarial, os professores também reivindicavam melhores condições de trabalho e garantia de direitos aos profissionais temporários.

Manifestações
Na região de Bauru, os professores realizaram diversos atos durante a greve. O mais recente foi no dia 25 de maio no Calçadão da Batista de Carvalho em Bauru (SP). Entre as reivindicações apontadas pela categoria no ato estavam reajuste salarial de 75,33%, melhores condições de trabalho e máximo de 25 alunos por sala desde o primeiro ciclo do ensino fundamental ao ensino médio.

Na ocasião, a Secretaria da Educação informou que informou que a manutenção da paralisação se dá mesmo após a secretaria ter apresentado cinco propostas em benefício dos professores e garantido a manutenção da política de reajuste salarial, com data-base em julho.

O estado também informou que os compromissos incluem a extensão de benefícios como uma nova forma de contratação dos temporários e a inclusão destes docentes na rede de atendimento do hospital do servidor.

Após o término da greve, a secretaria também se manifestou por meio de nota. No texto, a pasta informou que "permanecerá atuando em parceria com os professores da rede estadual que, desde o início do movimento isolado de apenas um entre os seis sindicatos dos funcionários da educação, permaneceram em sala de aula comprometidos com os alunos".

Ainda segundo a Secretaria, "em eventual necessidade, o conteúdo será reposto alinhado ao compromisso prioritário da Secretaria com o direito incontestável que os estudantes têm de aprender. A paralisação teve baixa adesão histórica e, nesta semana, o índice oficial de comparecimento superou 98%.”

Setor da saúde
O governador participou da inauguração da ampliação do setor cirúrgico e da UTI do Hospital Amaral Carvalho. O setor ocupa uma área construída de 6 mil m², onde foram implantadas 12 salas cirúrgicas, o dobro do que a unidade dispõe até o momento. O número de leitos de UTI adulto também será duplicado, passando a contar com 20 vagas. Neste ano, a unidade conta com o repasse mensal extra de R$ 1 milhão pelo Estado para subvenção dos serviços.

"O hospital completa hoje 100 anos, com padrão de excelência, sendo o maior centro de medula óssea do país e da América Latina, e fazendo grande parte disso de graça, pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Então, é dever do Estado ser parceiro”, afirmou o governador durante a entrega das obras. As melhorias também incluem 20 novos leitos de recuperação, um centro de endoscopias e duas centrais para materiais esterilizados e kits cirúrgicos, respectivamente.

Durante a visita, o govenador também falou sobre outras questões da saúde na região, como a crise enfrentada pelo complexo Famema em Marília, a diretoria chegou a pedir ajuda ao governo do estado para superar os problemas. “Os recursos do estado não foram reduzidos em nenhum centavo, são R$ 43,5 milhões e a Secretaria de Saúde vai fazer uma auditoria em todo o complexo porque ele não é administrado pelo estado. Ele é administrado pela autarquia e nós repassamos a verba e se houver necessidade vamos ajudar mais”, disse.

Sobre o Hospital Regional de Assis que também enfrenta problemas financeiros, o governador descartou que o estado assuma totalmente a gestão.

 

“O ideal é situação que temos aqui (no Amaral Carvalho), a sociedade organizada assumir a gestão e o governo fazer os repasses e fiscalizar. Esse é o melhor modelo.”

Depois do evento em Jaú, o governador seguiu para outros compromissos na cidade de São João da Boa Vista (SP).

Fonte: G1