POLÍTICA INTERNACIONAL

Forças Armadas dos EUA vigiarão fronteira do México, diz Trump

Trump não deu mais detalhes sobre esse plano.

Em 03/04/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (3) que planeja que os militares americanos se encarreguem de vigiar e manter segura a fronteira com o México até que se construa um muro nesse limite, e garantiu que a "caravana" de migrantes centro-americanos que dirigia-se ao seu país está se dissolvendo.

"Até que possamos ter um muro e segurança adequada, vamos estar monitorando a nossa fronteira com as nossas Forças Armadas. Esse é um grande passo", disse Trump aos jornalistas durante um almoço com os líderes dos países bálticos na Casa Branca.

Trump não deu mais detalhes sobre esse plano, e não está claro que corpo das Forças Armadas se encarregaria de proteger a fronteira sul, que atualmente está vigiada por agentes migratórios treinados especificamente para isso.

Tanto os ex-presidentes George W. Bush (2001-2009) como Barack Obama (2009-2017) recorreram a soldados da Guarda Nacional, um corpo de reserva das Forças Armadas, para vigiar a fronteira em distintas operações pontuais, mas essa medida recebeu críticas então por seu elevado custo.

Militarização

O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, estava presente na reunião da Casa Branca quando Trump falou das suas intenções de militarizar a fronteira. Trump quer ainda que o Pentágono ajude a financiar a construção do muro com o México, e na semana passada falou com Mattis sobre esse tema, segundo o Departamento de Defesa.

O presidente americano parece descontente com os fundos que obteve para um dos seus principais projetos no orçamento federal, que inclui US$ 1,6 bilhão para a construção de uma barreira fronteiriça, mas com condições muito restritivas e longe de somar os US$ 25 bilhões que tinha pedido ao Congresso.

Para beneficiar-se dos extensos fundos do Pentágono, no entanto, seria preciso "reprogramar" o financiamento concedido ao Departamento de Defesa para o ano fiscal de 2018, e isso requer uma ação do Congresso, onde é difícil que Trump obtenha os 60 votos necessários para tal.