TEMAS GERAIS

França realiza múltiplas operações antiterroristas com detenções.

Polícia francesa fez 150 ações em meios islamitas, segundo premiê.

Em 16/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Múltiplas operações antiterroristas, com pelo menos uma em relação com os atentados de Paris da sexta-feira (13) passada, foram realizadas entre a noite deste domingo (15) e a madrugada desta segunda-feira (16) em diversos pontos de França, com vários detidos, segundo as forças da ordem.

Segundo o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, a polícia francesa realizava nesta segunda mais de 150 operações em meios islamitas.

A polícia francesa vasculhou casas de supostos militantes islâmicos pelo país durante a noite.

Fontes da polícia disseram à Reuters que autoridades conduziram pelo menos 110 buscas em casas em cidades de todo o país. Uma dessas buscas, no subúrbio parisiense de Bobigny, era parte de uma investigação judicial sobre os ataques em um estádio de futebol, bares e uma casa de shows, em que pelo menos 129 pessoas morreram, na sexta.

Na cidade de Lyon, cinco pessoas foram detidas e armas foram apreendidas, incluindo um lança-granadas, coletes à prova de balas, várias pistolas e um fuzil kalashnikov, informaram fontes policiais.

O canal "BFM TV" explicou que os investigadores tinham "várias dezenas de alvos" nestas operações, que aconteceram em Grenoble (leste), Toulouse (sul), Jeumont (norte) e em Bobigny, cidade dos arredores de Paris.

Uma revista em Bobigny era em relação direta com os ataques terroristas de Paris na noite da sexta-feira, segundo a "France Info", em espera que sejam divulgados os resultados.

Em Grenoble, segundo a "BFM TV", houve seis detenções e armas foram confiscadas.

Em Toulouse, concretamente em vários pontos da Reynerie, no bairro de Le Mirail - de onde era o terrorista francês Mohammed Merah, autor de várias massacres na região em março de 2012 - houve pelo menos três pessoas detidas.

Cerca de 200 agentes participaram das operações e das detenções de Toulouse, que se prolongaram durante três horas, mas que não eram relacionadas com a onda de ataques terroristas de Paris.

Caça aos suspeitos
O jornal francês "Le Monde" informa, neste domingo (15), que pelo menos sete terroristas morreram durante os atentados em Paris nesta sexta-feira (13). A série de ataques envolveu tiroteios e explosões, deixou mais de 130 mortos e é considerada a pior da história recente da França.

De acordo com o "Le Monde", todos os suspeitos identificados são de nacionalidade francesa e alguns deles moravam na Bélgica. Um grupo de três irmãos, os Abdeslam, é investigado. A polícia procura Salah Abdeslam, de 26 anos.

De nacionalidade francesa, nascido em 15 de setembro de 1989 em Bruxelas, na Bélgica, ele foi apontado como suspeito pela polícia francesa, que divulgou uma foto e o descreveu como "uma pessoa perigosa". Ainda não está claro o papel dele nos ataques. Fontes policiais acreditam que ele estivesse envolvido em tarefas de logística.

Irmão de Ibrahim Abdeslam, Salah é suspeito de ter alugado o Polo preto usado por terroristas no atentado à casa de shows Bataclan. Neste sábado (14), um veículo em que Salah e mais duas pessoas viajavam a caminho da Bélgica chegou a ser parado em uma blitz em Cambrai, no norte da França. Mas eles acabaram liberados.

Segundo o site do jornal espanhol "El País", autoridades da polícia francesa alertaram o governo de Madri sobre a possibilidade do suspeito Salah ter fugido para a Espanha.

Clique aqui e veja quem são os suspeitos de participar de cada um dos ataques, que ocorreram em seis pontos da capital francesa.

Ações na Síria
Caças franceses lançaram 20 bombas neste domingo (15) sobre o reduto do grupo radical Estado Islâmico em Raqa, leste da Síria, destruindo um posto de comando e um campo de treinamento, anunciou o ministério da Defesa.

"O primeiro alvo destruído era utilizado pelo Daech (acrônimo em árabe do EI) como posto de comando, centro de recrutamento jihadista e depósito de armas e munição. O segundo alvo abrigava um campo de treinamento terrorista", acrescentou o ministério em um comunicado.

Doze aeronaves, entre elas dez caças, engajaram-se simultaneamente a partir dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia e lançaram 20 bombas.

"Planejada para os locais preliminarmente identificados durante missões de reconhecimento realizadas pela França, esta operação foi conduzida em coordenação com as forças americanas", destacou o ministério.

O EI reivindicou a autoria da série de atentados de sexta-feira à noite em Paris, que deixaram ao menos 129 mortos e 350 feridos.Versão 6 linha do tempo atentado Paris ataques (Foto: Editoria de Arte/G1)