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Frentistas aceitam reajuste de 11% e encerram greve no Distrito Federal.

Categoria havia paralisado atividades pela manhã desta segunda-feira.

Em 25/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A greve dos frentistas do Distrito Federal acabou nesta terça-feira (24) após a categoria aceitar uma proposta de aumento de 11% oferecida pelos donos de postos de combustíveis. O aumento será retroativo a 1º de março. A categoria também receberá R$ 1 mil de participação nos lucros e o montante do vale alimentação vai passar de R$ 13 para R$ 14,50 por dia.

O grupo de trabalhadores tinha paralisado as atividades às 6h desta segunda-feira (23). Segundo o Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis (Sinpospetro), a paralisação afetou 70% dos 320 postos do DF. Durante a mobilização, motoristas que chegavam para abastecer eram orientados a deixar o estabelecimento pelos frentistas, que compareceram aos locais de trabalho mesmo em greve.

Inicialmente, o Sinpospetro pressionou por reajuste salarial de 21,5%. De acordo com o presidente do sindicato, Carlos Alves dos Santos, a categoria também reivindicava correção de 40% na participação dos lucros das empresas e aumento no valor do vale refeição (subindo de R$ 13 para R$ 20).

“A gente sabe que o país todo está em recessão, mas não justifica só Brasília querer dar reajuste abaixo da inflação. Em Goiás, Piauí, Maranhão, Tocantins, houve ganho real, por exemplo. Só Brasília que está nessa", disse Santos antes de a categoria aceitar o acordo.

Em nota enviada ao G1 na segunda-feira, o Sindicombustíveis, que representa o grupo de postos do DF, tinha informado que poderia oferecer reajuste de 9%. Segundo a entidade, o aumento é superior ao negociado no ano passado, apesar de ter havido redução no setor de combustíveis entre 2015 e 2016.

"A greve está sendo realizada para prejudicar ainda mais o setor e a população com atitudes agressivas de fechar postos de combustíveis sem a aderência de greve dos funcionários os quais necessitam do trabalho", afirmou a entidade.

Em março do ano passado, a categoria recebeu aumento de 8,5%. Em média, o salário de um frentista no DF é de R$ 1.222 – contando com um adicional de periculosidade de 30% por ser uma profissão de risco.

Esta foi a primeira vez que os frentistas entraram em greve, afirmou o presidente do sindicato que representa o grupo. A última vez em que houve paralisação-relâmpago foi em 2014, em Santa Maria, Gama, Recanto das Emas e Samambaia. Na época, os trabalhadores dessas regiões protestavam por melhoria nas condições de segurança dos postos.

"O salário mínimo aumentou, a inflação cresceu. Só nosso salário que não muda. Acho justa essa paralisação", afirmou na segunda um funcionário de um posto no Eixo W da Asa Norte que preferiu não se identificar. No momento da entrevista, o posto estava operando normalmente, aguardando orientações do sindicato para dar início à greve.

Frota do DF
De acordo com o Detran, a frota do DF supera 1,6 milhão de veículos, número que cresceu 3,5% em relação ao ano passado. Carros são 70% do total, enquanto que ônibus e micro-ônibus juntos atingem 1%. O somatório de veículos praticamente dobrou em dez anos.

Fonte: G1-DF