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Funcionários aceitam proposta da empresa, diz Samarco.

Votação foi realizada na manhã desta sexta-feira (15), em Anchieta.

Em 15/01/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Os funcionários da Samarco aceitaram a proposta da empresa que previa a suspensão temporária dos contratos de trabalho (lay-off), em uma reunião nesta sexta-feira (15), em Anchieta, no Espírito Santo. A medida tem o objetivo de manter os empregos, enquanto os funcionários fazem cursos de qualificação profissional. Segundo a empresa, os trabalhadores continuam recebendo o mesmo valor do salário líquido recebido antes.

Durante uma reunião realizada na segunda-feira (11), a Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Blliton, propôs aos trabalhadores a suspensão dos contratos por três meses. É o sistema chamado de lay-off. Cerca de 800 trabalhadores do Espírito Santo entram nesse sistema.

De 25 de janeiro a 25 de abril, de acordo com a proposta, parte do salário desses trabalhadores será pago com o Fundo de Amparo ao Trabalhador, do governo federal. A outra parte paga pela própria empresa.

A Samarco explicou que, durante esse período, os empregados ficarão afastados de seus postos de trabalho e participarão de cursos de qualificação de mão-de-obra oferecidos pela empresa.

O diretor de recursos humanos da Samarco, Benedito Waldson, disse em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo desta sexta-feira que acredita na manutenção dos postos de trabalho após o período da suspensão de contratos. "Nós temos muita fé de que teremos a retomada das operações", afirmou.

Waldson disse ainda que desde a segunda-feira os empregados, que estavam em férias coletivas, voltaram para as unidades da Samarco, onde estão em atividades de manutenção, conservação e limpeza industrial.

"Portanto não estão mais em casa, estão na Samarco, trabalhando, fazendo a manutenção dos equipamentos, até que tenhamos as votações da proposta que foi feita pela empresa e parte dos empregados sairão de lay-off e terão seus contratos suspensos", afirmou Benedito.

Para o diretor, a proposta é adequada para o momento que a empresa vive. "Parte dos empregados terão seus contratos suspensos temporariamente. Não vai haver perda salarial, porque associada à bolsa de qualificação profissional, tem uma verba que vem do Fundo de Amparo do Trabalhador. Eles terão uma ajuda compensatória da Samarco, de modo que o salário líquido seja assegurado", completou.

Agora, segundo o diretor, cada empregado terá que assinar um termo de concordância. "Ele terá nesse momento a oportunidade de aceitar as condições do lay-off, o que implica em fazer um programa de qualificação que será oferecido pela Samarco e se ele não fizer e não tiver uma participação de 75% nos programas de qualificação, ele não recebe a bolsa, e ele tem o direito de recusa. Se ele recusar, não deixa outra alternativa para a empresa e vai ter o desligamento feito com todos os pagamentos", disse.

O diretor disse ainda que não pretende fazer demissões após o lay-off. "A proposta da samarco não existe porque eu pretendo fazer desligamento, o lay-off não é um passo anterior à demissão. Toda nossa iniciativa foi da manutenção do posto de trabalho. Nós levamos em média 8 anos e meio para formar um técnico, operacional e especialista na Samarco. Onze anos para formar um engenheiro especialista na Samarco", concluiu.

Fonte: G1-ES