POLÍTICA INTERNACIONAL

George W. Bush critica os ataques de Trump à imprensa.

Republicano falou do papel da mídia para a democracia e para cobrar dos que abusam do poder.

Em 27/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush criticou indiretamente as declarações contra a imprensa do atual presidente Donald Trump.

O 43° presidente - que teve alguns conflitos com a imprensa durante seus dois mandatos na Casa Branca de 2001 a 2009 - rebateu as acusações de Trump contra vários meios de comunicação, chamados pelo atual presidente de "inimigos do povo".

"Eu considero a mídia indispensável para a democracia. Que precisamos da mídia para que pessoas como eu prestem contas", disse Bush ao programa "Today" do canal NBC.

"O poder pode ser muito viciante e pode ser corrosivo, e é muito importante que a mídia possa pedir aos que abusam do poder que prestem contas", disse Bush.

O ex-presidente também considerou que as críticas sistemáticas contra a imprensa americana minam os esforços do país para promover a democracia e uma imprensa livre ao redor do mundo.

Desde que assumiu o poder em janeiro, Trump mantém uma intensa batalha com os meios de comunicação, que já chamou de "desonestos" e "mentirosos". Também acusou grandes veículos, como o canal CNN e o jornal The New York Times, de "inimigos do povo americano".

Rússia

Na entrevista, Bush pediu também "respostas" para a suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais que deram a vitória ao republicano Donald Trump em novembro do ano passado.

"Acredito que todos nós precisamos de respostas", afirmou o ex-mandatário.

Bush disse que não é a pessoa adequada para indicar "que caminho tomar" nas investigações sobre esta questão mas, afirmou ter certeza de que "essa pergunta deve ser respondida".

O ex-mandatário assegurou que confia no senador de seu partido Richard Burr, que preside a Comissão de Inteligência do Senado, para que selecione, se considerar necessário, um procurador especial para investigar sobre a interferência da Rússia nas eleições presidenciais.

Por France Presse