MEIO AMBIENTE

Governo Federal monitora bacia do rio Doce.

Ministra Izabella Teixeira afirma que órgãos ambientais avaliam danos e acompanham as ações.

Em 25/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O governo federal mantém foco reforçado nas ações de atendimento à população atingida pela lama das barragens que se romperam no município de Mariana (MG), há quase 20 dias, e nos impactos ambientais gerados pelo episódio. O objetivo é minimizar os danos naturais causados pelos rejeitos de mineração ao longo dos mais de 600 km do rio Doce ao mar. Nesta segunda-feira (23), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, visitou o litoral do Espírito Santo para verificar a situação.

Izabella sobrevoou as praias do município de Linhares (ES), próximas à foz do rio Doce, onde a lama das barragens chegou no último fim de semana. De acordo com a ministra, ainda não é possível avaliar prejuízos na Bahia e na capital capixaba, Vitória (ES).

A ministra também falou sobre as próximas etapas do trabalho coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Izabella informou que serão formados dois Grupos de Trabalho no MMA. O primeiro será coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para avaliar o acidente de forma geral, com a participação dos órgãos ambientais e da sociedade civil. O outro Grupo será coordenado tecnicamente pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF/MMA) para estudar a recuperação da bacia do rio. Neste trabalho, vamos ter que chamar os estados de Minas Gerais e Espírito Santo para participar. A recuperação vai levar anos”, explicou Teixeira.

Izabella Teixeira disse, ainda, que a intenção é “transformar este evento lamentável em um ativo do País”. E reforçou: “a revitalização do rio Doce deverá ser um cartão de visita do Brasil: como devolvemos o rio à sociedade de maneira melhor do que estava”.

PARCERIA

Em reunião com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e com organizações não-governamentais ambientais que atuam na região, a ministra Izabella Teixeira manifestou preocupação com a situação das pessoas que dependem do rio Doce. “Temos que resolver no curto prazo o problema dos pescadores impactados, aumentar a oferta de água e resolver a questão do esgoto que é jogado no rio por muitas cidades, sem tratamento”.

Para o governador, a parceria com o governo federal está funcionando bem desde o primeiro momento. “Agradeço o apoio da ministra e de sua equipe. Quando eu pedi mais pessoas do ministério na área para acompanhar o impacto, fomos atendidos na hora”, comentou o governador. “O desastre é grave, mas muitos dos nossos problemas ambientais são anteriores. Temos uma oportunidade agora: vamos cuidar do desastre e depois vamos resolver as outras coisas e recuperar a bacia do rio”, afirmou Hartung.

Nessa viagem estiveram presentes também dirigentes do MMA e de órgãos ambientais federais como o Ibama, ICMBio e a Agência Nacional de Águas (ANA). Esses órgãos estão atuando em conjunto nas regiões afetadas, realizando resgates de fauna, monitoramento de rios e praias e avaliando a extensão dos danos à natureza, ao longo do rio Doce.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério do Meio Ambiente