Governo gasta R$ 453 milhões para aplicar provas do Enem.

O gasto do total do governo para aplicação das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que serão realizadas neste fim de semana, chega a R$ 453,5 milhões, de acordo com informações do MEC (Ministério da Educação) divulgadas nesta sexta-feira (7), em Brasília.

O cálculo envolve o pagamento de colaboradores, a impressão das provas, o transporte dos exames, a logística, a segurança dos locais de prova, entre outras despesas. Cada um dos 8,7 milhões de inscritos no Enem gerou um custo de R$ 52 aos cofres públicos e por isso o ministro da Educação, Henrique Paim, demonstra preocupação com os faltosos. 

Segundo Paim, os candidatos que fizeram a inscrição precisam ter consciência de todo o trabalho por trás da aplicação das provas. Hoje, na véspera do primeiro dia do exame, o MEC está enviando alertas, por meio de e-mail e mensagens de celular, para os candidatos que têm histórico de abstenção.

— Estamos enviando alertas e vamos aguardar o domingo para verificar se essa medida surtiu efeito. O objetivo é reduzir o número de abstenções.

Selfies proibidas

O ministro também fez questão de deixar claro que todas as regras do edital serão cumpridas com bastante rigor. Ele lembra que nenhum candidato pode usar telefone celular dentro da sala de prova, e que o estudante que se arriscar em tirar uma selfie e publicar nas redes sociais será eliminado do Enem.

De acordo com Paim, no ano passado, 47 pessoas foram excluídas do exame depois de serem flagradas com aparelho celular. O ministro alerta que, neste ano, a segurança está ainda mais atenta.

— Dentro da sala, o candidato não pode usar o celular. O processo este ano será feito com maior rigor ainda. Qualquer perturbação, mesmo que não seja tentativa de fraude, será coibida.

A orientação é que o candidato guarde todos os aparelhos eletrônicos, inclusive o celular, dentro de um saco plástico que será entregue para cada um dos particioantes da prova na porta das salas. Este saco deve ser lacrado e guardado debaixo das cadeiras.​

Certificação

O ministro comentou as críticas feitas ao fato de o Enem ser usado como certificado de conclusão de Ensino Médio. Paim se mostrou seguro com o procedimento e afirmou que essa discussão está superada no MEC.

— Esse debate em torno da questão conceitual do Enem é importante. Nós não temos problema em discutir isso. Se o Enem avalia o Ensino Médio e nós divulgamos o desempenho das escolas a partir do Enem, ele tem sim elementos pedagógicos para certificar a conclusão do Ensino Médio.

No entanto, o ministro admitiu que a nota de corte pode ser reavaliada.

A crítica ao Enem usado como certificação foi feita pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e divulgada nesta sexta-feira. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revela uma nota técnica do instituto que aponta "fragilidades pedagógicas" em usar o exame para a obtenção de diploma.​

Fonte: MEC