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Greve de peritos chega ao 4º mês e afeta mais de 18 mil pessoas no ES.

População precisou remarcar atendimentos por conta da greve.

Em 07/01/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) chega ao quarto mês de duração nesta quinta-feira (7). No Espírito Santo, 18,5 mil pessoas foram diretamente afetadas. Elas procuraram o INSS, de outubro a dezembro de 2015, mas precisaram remarcar os atendimentos devido à greve.

O impasse continua e o governo não explica quais os próximos passos, o que pretende fazer para tentar dar fim à greve. O INSS disse que, quando forem liberados, os benefícios vão ser pagos retroativos à primeira data de agendamento do segurado.

Entre janeiro e agosto, a área de perícia do INSS realizou 106 mil atendimentos no estado. Depois que a greve começou, dos 35,8 mil agendamentos solicitados, menos da metade - 17,3 mil - foram realizados.

Em todo o país, cerca de dois milhões de perícias deixaram de ser feitas, nas contas da Associação Nacional dos Médicos Peritos.

O INSS disse que o número é um pouco menor: são 1,3 milhão de perícias atrasadas desde o início da greve. Hoje, quem precisa desse atendimento médico tem que esperar 80 dias, em média.

Antes, eram 20 dias. A perícia é exigida para se conseguir auxílio-doença, aposentadoria especial por invalidez ou mesmo para poder voltar ao trabalho depois de uma licença.

A última reunião entre governo e grevistas foi no dia 11 de dezembro. O INSS passou a descontar os dias parados dos grevistas, depois que o Superior Tribunal de Justiça anulou uma decisão que impedia o corte do ponto.

A Associação dos Peritos disse que está mantendo o atendimento mínimo de 30% exigido por lei. Os médicos reivindicam aumento salarial de 27,5% e redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, mas a negociação está emperrada.

“Infelizmente, nós não temos previsão do fim da greve”, disse o diretor sindical da associação, Luiz Carlos Argolo.

O impasse continua e o governo não explica quais os próximos passos, o que pretende fazer para tentar pôr fim à greve. O INSS disse que, quando forem liberados, os benefícios vão ser pagos retroativos à primeira data de agendamento do segurado.

Fonte: G1-ES