Greve dos rodoviários chega ao fim na Grande Vitória

Nesta quarta-feira (10), Justiça do Trabalho determinou que as empresas de ônibus terão que dar 3% de reajuste salarial aos rodoviários, valor sugerido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-ES) anteriormente. A decisão aconteceu em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) na tarde desta quarta-feira (10)

O presidente do Sindicato dos rodoviários, Edson Bastos, disse que já ligou para as garagens para que os ônibus voltem a circular com 100% da frota. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários), esta foi a greve mais longa da categoria dos últimos 20 anos.

Durante a paralisação, cerca de 400 coletivos não saíram das garagens nos horários de pico, já que apenas 70% da frota circulava nesse horário. Uma média de 600 mil pessoas, que usam o transporte público na região por dia, foram afetadas, tendo que esperar até mais de uma hora pelos coletivos.

O prejuízo nos setores de comércio, serviços e turismo foi de aproximadamente R$ 240 milhões. A estimativa é da Federação do Comércio (Fecomércio), que calculou uma perda de R$ 15 milhões por dia de greve. Só no comércio, a estimativa é de mais de R$ 8 milhões de prejuízo por dia.

A greve dos rodoviários começou à 0h01 do dia 26 de dezembro. A Justiça havia proibido a paralisação antes do Natal, mas decidiu que ela poderia acontecer depois da data, desde que fosse cumprido o mínimo de 70% da frota em horário de pico e 50%, no resto do dia.

A categoria cobra reajuste de salário entre 7% e 10% e rejeitou 2% proposto em uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho.

A GVbus, que é o sindicato das empresas, disse que o pedido de reajuste é “absurdo e acima da inflação”.

Nesta segunda-feira (8), o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES) informou que a greve continuaria até esta quarta-feira (10), que é quando acontece o julgamento do dissídio coletivo, que tramita no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).