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Hong Kong tem protesto no aniversário da devolução para a China.

Manifestantes temem que Pequim amplie seu controle na região.

Em 01/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Manifestantes pró-democracia participaram de uma passeata em Hong Kong nesta sexta-feira (1º) por ocasião do 19º aniversário da devolução da ex-colônia britânica para a China.

Protesto acontece em um momento em que existe a preocupação de que Pequim estaria tentando ampliar seu controle da região. A tensão é palpável em Hong Kong após as revelações explosivas de um livreiro "desaparecido" sobre sua detenção na China, segundo a France Presse.

Lam Wing-kee, 61 anos, havia desaparecido ao lado de outros quatro funcionários de uma editora que comercializava obras críticas a respeito de Pequim.

Lam garantiu que agentes chineses que respondem diretamente à cúpula do Partido Comunista da China o prenderam quando ele visitava a cidade de Shenzhen, em outubro do ano passado. Em seguida, levaram-no para outra região com os olhos vendados e algemado, sem nenhuma explicação, sendo vigiado durante 24 horas por vários meses. O caso provocou uma grande comoção na ex-colônia britânica.

A ex-colônia britânica foi devolvida a Pequim em 1º de julho de 1997. Desde então, Hong Kong tem o estatuto de região administrativa especial e possui, a princípio, uma ampla autonomia graças ao modelo "um país, dois sistemas".

O caso Lam "é uma mensagem muito clara para o mundo: a China destruiu o princípio 'um país, dois sistemas'", declarou Edward Leung, líder do movimento dos Indignados de Hong Kong, um grupo independentista que surgiu em 2015.

Todos os anos milhares de habitantes saem às ruas para manifestar apoio aos valores democráticos. Os organizadores da principal manifestação acreditam na participação de 100 mil pessoas.

Fonte: AFP