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Hospital em BH recebe vítimas de rompimento da barragem
O Hospital João XXIII é uma instituição pública vinculada ao estado de Minas Gerais.
Em 25/01/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O Hospital João XXIII, instituição pública vinculada ao estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, informou em nota que acionou seu plano de atendimento para múltiplas vítimas de catástrofes. A iniciativa busca priorizar a assistência aos atingidos pelo rompimento da barragem da Mina Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana.
O Hospital João XXIII recebeu as duas primeiras vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho ( MG) - Foto: 24 Horas Newns
A nota informa que às 15h deram entrada no hospital dois pacientes do sexo feminino trazidos por helicóptero. "Elas estão estáveis, conscientes e passam por avaliação. A diretoria do Hospital João XXIII pede que os casos não relacionados a esta tragédia sejam encaminhados para outras unidades de emergência ".
O rompimento da barragem, que pertence à mineradora Vale, ocorreu no início desta tarde (25) liberando no meio ambiente um volume ainda desconhecido de rejeito. O Corpo de Bombeiros atua no local.
Movimento dos Atingidos diz que é uma tragédia anunciada
O Movimento dos Atingidos por Barragens prestou solidariedade hoje (25) aos atingidos pelo rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, que pertence à mineradora Vale, no início da tarde. “Há apenas três anos do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, mais um crime contra a vida é fruto desse modelo que apenas provoca tragédias anunciadas”.
Por meio de comunicado, o movimento diz ter denunciado o atual modelo de mineração utilizado no país, citando "empresas privatizadas e multinacionais que visam ao lucro a qualquer custo”. “Mais uma vez, o lucro está acima de vidas humanas e do meio ambiente”, destacou a nota.
De acordo com o movimento, a barragem tem capacidade de 1 milhão de metros cúbicos de rejeitos que, caso cheguem até o Rio Paraopeba, devem deixar um rastro de destruição, colocando em risco o abastecimento de milhares de famílias em mais de 48 municípios da Bacia do Paraopeba.
“Desde o ano de 2015, inúmeras denúncias vêm sendo feitas pelo risco de rompimento de barragens do complexo e, ainda assim, a Mina Córrego do Feijão teve sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro do ano passado, 2018”, ressaltou o movimento.