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Imprensa europeia repercute impeachment de Dilma Rousseff.

O PMDB volta ao comando do país após um intervalo de mais de 20 anos.

Em 31/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A imprensa europeia garantiu lugar de destaque ao impeachment de  Dilma Rousseff. A rede britânica BBC observou em seu site que Dilma  perdeu o cargo por manipular o orçamento do país. "Isso coloca fim a 13  anos no poder do esquerdista Partido dos Trabalhadores. Rousseff nega as  acusações."

O também britânico Financial Times destacou  que a votação histórica que retirou Dilma Rousseff e o PT do comando do  país aconteceu num momento em que o Brasil luta contra a recessão.  "Fogos de artifício foram ouvidos em São Paulo", pontuou o jornal em  reportagem publicada em seu site, acrescentando ainda que os dois lados  envolvidos na questão chamavam um ao outro de "canalhas".

No Reino Unido

Ainda  no Reino Unido, o Guardian observou que Michel Temer foi confirmado  como novo presidente do Brasil, após 61 dos 81 senadores brasileiros  aprovarem a retirada de Dilma Rousseff do cargo em meio ao declínio  econômico e a um escândalo de corrupção.

A alemã Deutsche  Welle notou que com a retirada de Dilma da Presidência, o PMDB volta ao  comando do país após um intervalo de mais de 20 anos, já que "o último  presidente filiado à legenda foi Itamar Franco (1992-1994), que também  assumiu o cargo na esteira de um processo de impeachment".

Le Figaro

O  francês Le Figaro pontuou que Temer deverá ficar na Presidência do  Brasil até 2018, quando acontecem novas eleições. Após empossado, ele  deverá seguir ainda hoje para a China, onde participará da reunião de  cúpula de líderes do G-20.

O espanhol El País afirmou que o  "processo inacabável" de impeachment terminou como previa: com o  afastamento em definitivo de Dilma da Presidência. "Brasil encerra assim  a troca de governo mais traumática e esquizofrênica de sua recente  democracia", diz o jornal, acrescentando que "no fundo, o impeachment  sempre foi político". "[Dilma] não teria sido expulsa do cargo se a  economia não tivesse despencado em 2015 e em 2016 mais de 3% do PIB, se o  desemprego não tivesse escalado a 11% ou se a inflação, um verdadeiro  fantasma da sociedade brasileira, não tivesse disparado a 7%."

O português Econômico

O português Econômico observou que dez dos 13 parlamentes investigados  pela Lava Jato que participaram da votação no Congresso se posicionaram a  favor do impeachment. "Há representantes do PMDB, PP, PT, PTC e PSB sob  investigação do Supremo Tribunal Federal por alegado envolvimento no  esquema de corrupção na Petrobras."

Da EFE