ECONOMIA NACIONAL

Inadimplência do governo do RJ com a Uerj chega a R$ 36 milhões.

Início das aulas do segundo semestre de 2016 foi adiado.

Em 16/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O anúncio de adiamento do início das aulas na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) preocupa estudantes, docentes e servidores. A previsão era que, as aulas referentes ao segundo semestre do ano de 2016 começassem nesta segunda-feira (16), mas a reitoria da Uerj informou que a falta de repasse de verbas para manutenção da instituição, a falta de pagamento de salários de servidores e de bolsas para os estudantes impossibilita o funcionamento. A nova previsão de início das aulas é para o dia 23 de janeiro.

Nesta segunda-feira, em entrevista ao Bom Dia Rio, a dra. Tânia de Castro Netto, da sub-reitoria de graduação da universidade, afirmou que a inadimplência do estado com a Uerj é de R$ 36 milhões. Ainda nesta semana, haverá uma nova reunião que pode prorrogar ainda mais o retorno das aulas. Segundo a sub-reitora, a universidade tem nove mil alunos, na graduação, pós-graduação e no Colégio de Aplicação.

“Já está num rombo de R$ 360 milhões a inadimplência do estado para com a universidade. Nós não temos o direito de sermos irresponsáveis, nós temos uma missão muito nobre. Não podemos nos dar o luxo de acompanharmos a irresponsabilidade do estado do Rio de Janeiro. Se não houver repasse, não houver os pagamentos, não terá como abrir”, afirmou a sub-reitora de graduação.

“Nós não podemos pensar só que a Uerj tem os alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. Nós temos um colégio de Aplicação que é referência, e isso impacta também aos alunos do ensino fundamental e médio, e aí o estrago é muito grande”, disse Tânia de Castro Netto.

De acordo com a reitoria da Uerj, as atuais condições de funcionamento da universidade não permitem a retomada de todas as atividades nos campus. Uma das consequências da crise que afeta a universidade é a redução no número de inscritos no último vestibular e o aumento dos pedidos de transferência.

“Houve uma redução no número de inscrições, mas o mais triste são os pedidos de transferência, porque como nós ainda vamos começar 2016.2, que é o segundo semestre de 2016, os estudantes não querem esperar e muitos estão pedindo transferência coisa que nunca aconteceu”, disse a dra. Tânia de Castro Netto.

Fonte: g1-RJ