NEGÓCIOS

Indústria capixaba de plástico inova para novos mercados

Setor se reinventou para fornecer produtos e serviços para o combate à covid-19.

Em 20/05/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Fibravit/Divulgação

A indústria de Transformados Plásticos sempre se fez presente na área da Saúde. Muitos dos avanços na tecnologia médica foram proporcionados pelos plásticos, devido a propriedades como impermeabilidade, baixo peso, custo, durabilidade e outras. Para combater a pandemia do coronavírus (covid-19), a cadeia de fármacos e saúde hospitalar tem demandado ainda mais por soluções das indústrias de Transformados Plásticos.

No Espírito Santo, o setor está mobilizado durante a pandemia, com as indústrias se reinventando e inovando para o atendimento de demandas por soluções para proteção e prevenção de profissionais de saúde e das mais diversas áreas. Dentre produtos e serviços desenvolvidos, estão protetor facial, limpeza e desinfecção de ambientes, saco para lixo hospitalar, frascos para álcool e álcool em gel, protetor anticontato, entre outros.

Novo serviço

A Fibravit, empresa localizada no município de Serra, especializada no desenvolvimento, fabricação e comercialização de sanitário hidráulico portátil, enxergou uma oportunidade frente aos impactos da covid-19. Em apenas um mês, adquiriu equipamentos e produtos, qualificou a equipe e desenvolveu um novo serviço para atuar na limpeza e desinfecção de ambientes.

“Aproveitamos uma expertise que já tínhamos ao higienizar e sanitizar os sanitários hidráulicos e criamos um novo serviço, com a limpeza e desinfecção de ambientes internos e externos. Hoje, nossos clientes para este trabalho são os mais variados, como clinicas médicas, petshop, condomínios, residências, indústrias e outros. A partir dessa iniciativa, conseguimos elevar o faturamento em 10% no mês de abril, além de aumentar o nosso efetivo em 15%”, destacou o sócio-diretor da Fibravit, Gilmar Regio.

Sacos para máscaras

A Bigflex, empresa referência no segmento de sacolas plásticas personalizadas, localizada em Vila Velha, viu seu faturamento cair em 70% com a pandemia da covid-19. A estratégia adotada para superar o momento também foi a reinvenção, com o início da produção de sacos para máscaras.

“Fomos bastante impactados com o fechamento do comércio, nosso principal cliente. A produção de sacos para máscaras foi uma estratégia inicial que adotamos. Estamos atualmente operando com 40% da nossa capacidade e realizando adequações para agregar outros mercados a partir da fabricação de novos produtos. Nossa expectativa é que essas mudanças impactem positivamente nas vendas nos próximos meses”, ressalta o diretor da BigFlex, Percio Brito.

Compradores & fornecedores

No dia em que completou 22 anos (15 de maio), o Sindiplast-ES se reuniu ao Sindiquímicos e à Câmara Setorial da Indústria do Vestuário da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) para participar, como fornecedor, do “1º Encontro com Grandes Compradores – Combata a Crise”, visando promover negócios e minimizar os impactos econômicos da crise causada pela covid-19 nas empresas associadas.

Dentre as compradoras estavam ArcelorMittal Tubarão, Vale, Unimed Vitória, Imetame, Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado do Espírito Santo (FEHOFES) e Governo do Estado do Espírito Santo, que demonstraram interesse e necessidade em negociar com os fornecedores locais, especialmente pelas facilidades logísticas. Os produtos apresentados por eles como essenciais neste momento, incluem máscaras faciais de diferentes modelos, avental impermeável, álcool gel, avental de procedimento (TNT), sapatilha, touca branca sanfonada, sabonete líquido, protetor facial, entre outras.

Para o presidente do Sindiplast-ES, Jackley Maifredo, o evento fortaleceu as relações locais.

“Apresentamos os principais produtos e serviço de nossos associados que, incluindo os descartáveis, são fundamentais no combate à propagação do coronavírus. Houve uma mobilização muito grande e rápida das empresas para identificarem oportunidades nesta crise. Com eventos como este, acreditamos que podemos negociar com diversos setores e superar esse momento. No fim, sairemos mais unidos e com as negociações locais fortalecidas”, afirmou.