ECONOMIA INTERNACIONAL

Indústria do cinema impulsiona alta do PIB do Reino Unido

Banco da Inglaterra deve manter taxas de juros em recorde de baixa.

Em 26/07/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A economia do Reino Unido registrou um pequeno crescimento no segundo trimestre depois de quase ficar paralisada no início deste ano, apoiada no setor de serviços e por uma indústria cinematográfica em expansão, mostraram números oficiais divulgados nesta quarta-feira (26).

O crescimento de 0,3% no segundo trimestre foi superior ao de 0,2% observado no primeiro trimestre, um valor que provavelmente fortalecerá as expectativas de que o Banco da Inglaterra manterá as taxas de juros em um patamar de recorde de baixa na próxima semana.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) ficou em linha com a mediana das previsões em pesquisa da Reuters realizada com economistas.

Crescimento pós-Brexit

A economia do Reino Unido cresceu 1,8% no ano passado - uma taxa que ficou entre as mais rápidas das sete maiores economias do mundo, desafiando projeções generalizadas de recessão após a votação para deixar a União Europeia.

No entanto, a decisão pelo Brexit provocou uma grande queda no valor da libra esterlina, o que impulsionou a inflação, corroendo a renda disponível dos consumidores neste ano.

"A economia experimentou uma desaceleração notável no primeiro semestre deste ano", disse o estatístico da ONS, Darren Morgan.

O setor de serviços foi o único motor de crescimento econômico no segundo trimestre, ajudado por varejistas, hotéis e restaurantes, bem como o setor cinematográfico de rápido crescimento da Grã-Bretanha.

Atividade cinematográfica

O ONS informou que as atividades cinematográficas cresceram 72 % desde 2014, provavelmente impulsionadas pelos créditos tributários introduzidos pelo ex-ministro das Finanças, George Osborne.

O crescimento entre abril e junho na comparação anual caiu para 1,7 por cento, de 2,0 por cento nos primeiros três meses do ano, em linha com a previsão dos economistas.

(Foto: Carl Court/Reuters)