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Investidores sinalizam que vão participar do leilão de portos.

Leilão do setor portuário está marcado para março.

Em 25/02/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O diretor de Portos da Cargill Agrícola, Clythio van Buggenhout, disse nesta quarta-feira (24) que a empresa está estudando a possibilidade de participar do segundo leilão de áreas portuárias, no mês que vem. O leilão serão promovido no dia 31 de março, na sede da Bovespa, promovido pela Secretaria de Portos da Presidência da República.

“Estamos, sim, olhando arrendamentos no leilão”, disse Buggenhout em sua fala durante o seminário “Setor Portuário: Desafios e Oportunidades”, realizado nesta quarta-feira (24) , em São Paulo.

Buggenhout explicou que a Cargill já atua em uma área portuária na região de Santarém (PA) e que, entre as seis áreas que serão ofertadas pela Secretaria de Portos, a de Vila do Conde foi incluída no processo de arrendamento justamente por solicitação da Cargill, em 2013.

Participaram do evento realizado hoje o vice-presidente Michel Temer, o ministro do Planejamento, Valdir Simão, o ministro da Secretaria dos Portos, Helder Barbalho, a secretária executiva do Ministério dos Transportes, Natália Marcassa de Souza, além de empresários e representantes de associações do setor.

Empresários

O presidente-executivo do Grupo Libra, Marcelo Araújo, disse que o setor privado tem de participar dos investimentos em infraestrutura, que são de cadeia muito longa e envolvem riscos. Araújo elogiou a “identificação clara das projeções de demanda” realizada pela Secretaria de Portos e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “Temos de ser cirúrgicos, não adianta concentrar 20 projetos em um ano. O ideal é ter todos os anos novos projetos vindo”. O foco dos investimentos do grupo Libra é o Porto de Santos.

O consultor de infraestrutura e logística da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Fayet, disse que o Brasil tem potencial para, até 2020, ser o maior exportador mundial no setor agropecuário. Segundo ele, para que isso ocorra, falta garantir que o produto brasileiro chegue ao consumidor final, principalmente na Ásia, a preços mais competitivos, e isso envolve portos eficientes.

“Os portos estavam parados e começamos a destravá-los. Primeiro chamamos a atenção para as poligonais e depois para os arrendamentos”, afirmou Fayet. “Sem porto, não consigo atingir mercado”, disse Fayet.

No mesmo painel, o presidente na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, afirmou que a Lei de Portos (12.815/2013) está mudando a situação portuária no Brasil. “O comércio exterior brasileiro dobrou nos últimos 10 anos, mas os portos não cresceram na mesma proporção. O novo programa de arrendamentos, comandado pelo ministro Helder Barbalho, está sendo muito bem conduzido”.

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Vilson João Schuber, afirmou que o "destravamento" do setor portuário e a viabilização do Arco Norte são uma renovação para o Brasil. “É importante relembrar o que disse o ministro
Valdir Simão [Planejamento], sobre a integração de rodovias, ferrovias e aeroportos”.

O diretor-geral substituto da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fonseca, afirmou que as três modalidades de investimentos privados para o setor portuário – arrendamento, outorga de terminais privados ou renovações de arrendamentos - permitirão o atendimento das atuais demandas do setor produtivo.

Fonte: Secretaria de Portos