ECONOMIA INTERNACIONAL

Investidores veem "flight to quality" com drama da Grécia.

A Alemanha é o maior credor em programas de resgate da Grécia.

Em 28/06/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Investidores alemães esperam que o euro e as ações das bolsas europeias estejam sob pressão substancial nesta segunda-feira, e antecipam um movimento de "flight to quality", com os participantes do mercado comprando títulos do governo alemão e ouro, depois que o governo da Grécia abandonou as negociações da dívida neste sábado e poupadores correram para sacar seu dinheiro de bancos do país.

No entanto, a avalição é que, em um horizonte de três a seis meses, a crise da dívida grega será um "não evento", tanto para o euro quanto para as ações das bolsas da zona do euro, e haverá reversão desse movimento de compra de ativos considerados seguros, mostra uma pesquisa realizada pela consultoria SenTix GmbH com mais de 600 investidores.

A Alemanha é o maior credor em programas de resgate da Grécia. A Sentix iniciou o levantamento após o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras anunciar um referendo no fim de semana sobre as condições de credores para 05 de julho, cinco dias após um pacote de resgate expira.

Os investidores também esperam que ações e bônus gregos fiquem vulneráveis a perdas substanciais no curto prazo, juntamente com perdas moderadas em títulos de governos de países periféricos da zona do euro. Na segunda-feira, os bancos gregos permanecerão fechados.

Se a Grécia der calote ou sair da zona do euro, o que se tornou mais provável nos últimos dias, a maioria dos investidores espera que perdas em seus investimentos gregos. A maior parte espera pelo menos uma perda de 40%.

Mesmo depois de um calote ou saída do país da zona do euro, a Europa deve continuar a apoiar a Grécia, especialmente na com ajuda humanitária e programas de investimento, e assegurar que permaneça na União Europeia, na avaliação dos investidores participantes da pesquisa. Os investidores esperam que a Grécia vai precisar de mais 30 bilhões de euros da União Europeia ou da zona euro nos próximos 12 meses.

Por Estadão