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Israel destrói casas de palestinos suspeitos de ter relação com ataques.

Dois deles são suspeitos de atacar sinagoga em Jerusalém.

Em 06/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Israel demoliu na noite de segunda-feira (5) em Jerusalém as casas de dois palestinos e lacrou um dos cômodos da residência de um terceiro, todos eles suspeitos de envolvimento em ataques contra israelenses, informaram nesta terça-feira as forças armadas do país judeu.

A decisão segue uma diretriz do Ministro da Defesa, Moshe Yaalon, pela qual "pessoal das forças de segurança demoliu as residências de Abu Jamil Jasan Ben Muhamad e Muhamed Naif El-Jabais, e lacrou um quarto da residência de Muatez Ibrahim Halil Hijazi em Jerusalém", diz um comunicado militar divulgado nesta segunda.

Abu Jamil Jasan Ben Muhamad e Abu Jamal Uday Ben Abed são suspeito de ser responsáveis pelo ataque em uma sinagoga do bairro de Har Nof, em Jerusalém, em novembro do ano passado, que resultou nas mortes de quatro civis segundo a nota.

Muhamad Naif El Jabais, por sua vez, é acusado por Israel de matar uma pessoa e ferir outras sete em Jerusalém em agosto de 2014, quando atropelou várias pessoas com uma escavadeira antes de bater em um ônibus, que acabou virando devido ao forte impacto.

Além disso, as forças de segurança israelenses lacraram um cômodo da residência familiar de Muatez Ibrahim Halil Hijazi, que é apontado por Israel como o autor da tentativa de assassinato em outubro de 2014 do rabino Yehuda Glick em Jerusalém.

Após disparar contra Glick quatro vezes, o suposto autor do ataque fugiu. No entanto, Hijazi acabou sendo localizado horas depois e foi abatido pelos agentes israelenses em um bairro próximo do local.

As demolições são resultado do anúncio feito pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no domingo, que prometeu uma série de medidas punitivas para dissuadir militantes palestinos de realizar ataques como os que resultaram na morte de quatro israelenses desde a última quinta-feira.

Após uma reunião com autoridades de segurança, Netanyahu declarou que tinha dado instruções para que fossem adotadas "uma série de medidas adicionais, entre elas ordens para a demolição de casas de terroristas, a ampliação das detenções administrativas de participantes de distúrbios e a proibição de envolvidos em episódios de violência de se aproximar da Cidade Antiga de Jerusalém e do Monte do Templo", o nome dado pelos judeus para a Esplanada das Mesquitas.

Cerca de 2 mil israelenses se manifestaram ontem à noite em frente à casa de Netanyahu para exigir uma resposta mais dura aos ataques de palestinos e aos assassinatos dos últimos dias em Jerusalém e na Cisjordânia.

Fonte: EFE