ESPORTE INTERNACIONAL

Josep Maria Bartomeu é eleito presidente e vai comandar Barcelona.

Os três candidatos derrotados foram Joan Laporta, Agustí Benedito e Toni Freixa.

Em 19/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O cartola, que presidiu o clube espanhol de janeiro de 2014 a junho deste ano e deixou o cargo para concorrer no pleito, foi reeleito com 25.823 votos, ou 54,63%% do total, para o mandato de seis anos, após 12 horas de votação no Camp Nou.

Os três candidatos derrotados foram Joan Laporta, Agustí Benedito e Toni Freixa. No total, 47.720 sócios registraram seus votos.

A saúde financeira do Barcelona foi uma das plataformas de campanha de Bartomeu, e a relação da equipe catalã com o Catar tornou-se um dos pontos mais debatidos no processo eleitoral. A camisa azul e grená estampa, desde o início da temporada 2013/14, a marca da Qatar Airways, empresa aérea do país do Oriente Médio.

O patrocínio colocou nos cofres do clube cerca de 32 milhões de euros (R$ 115 milhões) na última temporada. Eleito vice-presidente na chapa de Sandro Rosell, articulador do patrocínio com os cataris, Bartomeu já estaria negociando uma renovação até 2020, com valores ainda maiores, na casa dos 45 milhões de euros (cerca de R$ 160 milhões) anuais.

Um das principais armas de Juan Laporta, principal adversário nas eleições e presidente do Barcelona em dois mandatos, entre 2003 e 2010, foi lembrar a todo instante que Bartomeu está sendo investigado por corrupção e que seria "fraco" e "incapacitado" de presidir o Barça.

Caso Neymar

Em junho, um tribunal espanhol aceito a queixa apresentada pelo fundo brasileiro de investimento (DIS) e lançou uma investigação por fraude e corrupção referente à contratação de Neymar junto ao Santos, em 2013.

Além do brasileiro, a Corte Nacional da Espanha também mencionou na ação judicial o pai do jogador, o Santos, dois dirigentes do clube paulista, o Barcelona, seu ex-presidente Sandro Rossel e Josep Maria Bartomeu. Os dirigentes da equipe catalã foram acusados de fraudarem a administração fiscal, e promotores pediram a pena de dois anos e três meses de prisão ao agora presidente reeleito.

"O Barcelona não fez nada de errado. Existem pessoas interessadas em balançar o clube. É normal que um problema de impostos entre Brasil e Espanha tenha criado este drama incrível. Não vai terminar em nada", disse à rádio La Cadena Cope na última semana.

"Eu estou encarregado de defender o Barcelona. Alguém não queria que Neymar jogasse pelo Barça. O Neymar custou 57, 1 milhões de euros. Eu não vou mudar isso. Os outros 40 milhões foram pagos a uma empresa de seus pais. Não é normal sermos processados dois anos depois", completou.