EDUCAÇÃO

Jovem da Serra embarca para estudar medicina na Rússia

Letícia Souza conquistou uma vaga em uma das melhores universidades do país.

Em 19/09/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Divulgação

Uma moradora de Serra (ES) vai viajar para a Rússia e realizar um sonho: se tornar médica. De acordo com Letícia Iglesias Jejesky Souza, o amor pela profissão sempre foi forte. “Fiz três anos de cursinho, depois passei em odontologia. Na faculdade eu vi que a área que realmente me interessa é a medicina”, conta.

A estudante vai ingressar na Universidade Médica Estatal de Kursk, considerada uma das melhores do país e líder no ensino em inglês. A escolha do curso se deu principalmente pela qualidade e pelas boas indicações. “O cunhado da minha irmã faz medicina em Kursk e me mostrou um pouco melhor como funciona. Juntei isso com a minha vontade de estudar fora e no final deu tudo certo”, explica.

Letícia está muito empolgada e já está preparada para uma rotina intensa de estudos.  “A minha vida vai ser bem corrida porque quero estudar bastante, mas acredito que vou aprender muito com os professores e estrutura da universidade. Aprender a cultura deles também é algo que me motiva muito”, finaliza.

Com as malas prontas, resta agora encontrar outros brasileiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 24 de setembro Todos contam com o apoio da Aliança Russa, representante oficial das universidades russas no Brasil.

Qualidade e excelência

No total, mais de 100 médicos brasileiros já se graduaram pela Instituição e agora atuam em hospitais e clínicas nos quatro cantos do país. Outros 500 estudam atualmente medicina na Universidade Médica Estatal de Kursk.

Todos os alunos embarcaram com o suporte da Aliança Russa. A agência é a responsável pelo processo seletivo e por todos os trâmites para que o aspirante a médico conquiste a tão sonhada vaga.

Sistema de ensino

Os alunos que desejam cursar a universidade em Kursk devem estar atentos ao formato do ensino. Bastante diferente do Brasil, a carga horária é muito mais puxada e a metodologia de avaliação tem outro formato. Por lá, os alunos não podem ter faltas ou carregar matérias não concluídas para os próximos semestres.

O sistema de notas vai de 0 à 5, sendo 3 a nota minimamente satisfatória. O estudante que não obtiver o aproveitamento mínimo, deve automaticamente refazer aquela aula até obter a nota necessária. Caso contrário, não estará apto para fazer as avaliações de final de semestre e exames gerais.

A alta qualidade é comprovada pela taxa de alunos brasileiros que são aprovados em sua primeira tentativa no Revalida, Sistema de Revalidação de Diplomas Médicos, para atuar no Brasil. Cerca de 80% dos estudantes obtêm o registro no Conselho Regional de Medicina no mesmo ano em que chegam. O diploma é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde. Também vale lembrar que a Rússia faz parte do tratado de Bolonha, tendo seu diploma reconhecido em todo o continente europeu.