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Líder do MTST é detido durante reintegração de posse na Zona Leste de SP.

Guilherme Boulos foi detido por desobediência judicial e incitação à violência.

Em 17/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi detido na manhã desta terça-feira (17) durante reintegração de posse de terreno ocupado em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo.

Boulos foi detido por desobediência judicial e incitação à violência. Ele foi levado ao 49º Distrito Policial e falou à imprensa que a detenção era "injustiça".

Em sua página no Facebook, integrantes do movimento falaram sobre a "prisão absurda de Boulos".

"O companheiro Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST, que estava acompanhando a reintegração de posse da ocupação Colonial, visando garantir uma desfecho favorável para as mais de 3000 pessoas da ocupação, acaba de ser preso pela PM de São Paulo sob a acusação de desobediência civil.

Um verdadeiro absurdo, uma vez que Guilherme Boulos esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito. Neste momento, o companheiro Guilherme está detido no 49ª DP de São Mateus. Não aceitaremos calados que além de massacrem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los", diz o texto.

Por volta das 7h, os moradores pediram para os oficiais de Justiça aguardarem a análise do pedido do Ministéiro Público de suspensão da ação de reintegração de posse para tentarem reverter a decisão, mas não conseguiram e, por volta das 8h20, a Polícia Militar avançou. Bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta foram utilizados na ação.

Os moradores da comunidade colonial disseram que foram notificados há uma semana por um oficial de Justiça e tentaram resistir com barricada na Rua André de Almeida. O terreno é de propriedade particular e cerca de 6 mil pessoas vivem há um ano e meio no local.

Em sua página no Facebook, Boulos disse que a PM "pode promover uma tragédia como a da [desocupação] do Pinheirinho de São José dos Campos em 2012 a mando da justiça elitista e covarde de São Paulo".

Fonte: g1-SP