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LG Electronics demite 55 trabalhadores na fábrica de Taubaté

Empresa afirmou que tem excedente de 143 funcionários.

Em 24/01/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A LG Electronics demitiu 55 funcionários nesta terça-feira (23) na fábrica de Taubaté (SP). Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa negociou as demissões alegando instabilidade financeira e mão de obra excedente de 140 trabalhadores.

A fábrica da sul-coreana em Taubaté mantém cerca de 1,5 mil trabalhadores e produz celulares, máquinas de lavar e monitores. A maioria dos funcionários demitidos é do setor de celulares, de acordo com o sindicato.

A entidade que representa a categoria informou ainda que a empresa vinha negociando os desligamentos desde a última semana em busca do equilíbrio financeiro.

O número inicial apresentado seria de 143 cortes, mas 55 foram demitidos após negociação. Em contrapartida, os funcionários mantidos teriam estabilidade de dois meses. O acordo foi aprovado em assembleia nesta quarta-feira (24), bem como a possibilidade de deflagrar greve em caso de novos cortes.

"No nosso entender, o maior risco que temos é nesse momento. Houve uma queda nas vendas no começo do ano, mas abril e maio são meses que fortalecem o setor de celular da LG. A estabilidade assegurada acaba no fim de março, mas aí já entra em meses mais tranquilos e com maior demanda", afirmou Claudio Batista, presidente do sindicato.

Por nota, a LG Electronics confirmou as demissões para "readequar a produção à demanda de mercado". A empresa também informou que mantém o diálogo e assegura os direitos previstos em lei a todos os colaboradores.

Incentivo fiscal

A empresa ainda pede junto à prefeitura incentivo fiscal. No programa, ela pode ter isenção de impostos como benefício pela geração de empregos.

Até o início de janeiro a empresa ainda fazia a apresentação de documentos para o pedido. No fim de 2015, depois de uma série de demissões, a prefeitura chegou a negociar anistia oferecendo 15 anos de isenção de IPTU e ISS, cerca de R$ 30 milhões. O benefício havia sido negado pela empresa.

Sem abono

Sem pagamento de abono no fim de 2017, os funcionários da LG receberam aparelhos celulares da multinacional. O benefício em dinheiro normalmente era pago entre dezembro e janeiro, resultado de acordo coletivo de trabalho entre a empresa e o sindicato.

O último acordo, no entanto, postergava a discussão sobre o tema e condicionava o pagamento à economia do país, vendas e produção da fábrica.

Conforme o G1 apurou, os trabalhadores receberam modelos Q6 - que são produzidos na unidade e custam, em média, R$ 850. O número de celulares entregues não foi informado.

(Foto: Reprodução / TV Vanguarda)