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Livro de ex-diretor do FBI compara Trump a chefe de máfia

Presidente dos EUA chamou James Comey de mentiroso comprovado.

Em 13/04/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A divulgação pela imprensa do conteúdo do livro do ex-diretor da polícia federal americana (FBI) James Comey irritou o presidente americano Donald Trump, que atacou o autor nas redes sociais.

Em “A Higher Loyalty", Comey detalha conversas com o presidente e o compara a um chefe de máfia, além de descrever seu governo como um "incêndio florestal”.

Acusa Trump também de ser antiético e "desvinculado da verdade". O livro conta que o mandatário andou obcecado nos primeiros dias de sua administração em fazer o FBI desmentir rumores obscenos sua mulher Melania que ele afirmava serem falsos sobre.

"James Comey é um vazador e mentiroso comprovado. Praticamente todos em Washington achavam que ele deveria ser demitido pelo terrível trabalho que fez - até que foi de fato demitido. Ele vazou informações confidenciais, pelo que deveria ser processado. Ele mentiu para Congresso sob juramento", twittou Trump.

"Ele é um asqueroso fraco e mentiroso que foi, como o tempo tem provado, um diretor do FBI terível. Seu tratamento do caso da desonesta Hillary Clinton, e os eventos que o cercam, vão sucumbir como um dos piores trabalhos da história. Foi uma grande honra demitir James Comey!"

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, fez coro com Trump ao atacar o livro: "Uma das poucas áreas de verdadeiro consenso bipartidário em Washington é que Comey não tem credibilidade".

A conselheira da Casa Branca, Kellyanne Conway, por sua vez, disse que Comey "tem uma visão revisionista da história e parece um ex-empregado descontente".

Comey foi demitido em maio por Trump sob a alegação de que não teria tradado da forma devida a investigação sobre o uso de e-mail pessoal por Hillary Clinton para assuntos de governo quando esta era secretária de Estado na administração Obama.

Comey admitiu durante um audiência no Senado após ser demitido que vazou o conteúdo de algumas de suas conversas com Trump para um amigo, de modo que ele pudesse enviá-las para a imprensa e aumentar dessa forma a pressão sobre a Casa Branca para nomear um procurador independente para investigar a suposta interferência russa nas eleições de 2016, o que de fato ocorreu poucos dias depois.

(Foto: Associated Press)