POLÍTICA INTERNACIONAL

May pede e Merkel diz que não haverá mais negociações pelo Brexit

Líderes da UE analisavam maneiras de oferecer garantias ao Reino Unido.

Em 12/12/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

REUTERS/Fabrizio Bensch

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A chanceler alemã, Angela Merkel, e outros líderes da União Europeia descartaram na terça-feira a possibilidade de novas negociações para o Brexit, mas analisavam maneiras de oferecer garantias ao Reino Unido depois que a primeira-ministra Theresa May cancelou uma votação no Parlamento na qual perderia. 

Com menos de quatro meses para o prazo no qual o Reino Unido deve deixar a UE no dia 29 de março, o acordo do Brexit de May agonizava, abrindo perspectivas que iam desde um divórcio sem acordo ao cancelamento do Brexit. 

Um dia após abruptamente cancelar a votação, May foi até Haia para um café da manhã com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, e então a Berlim para se encontrar com Merkel, que a seguiu em uma viagem para Bruxelas. 

A mensagem da UE foi clara: o bloco pode dar garantias legais sobre como irá interpretar o tratado de saída, mas não aprovará a reabertura do texto do documento. 

Donald Tusk, que irá dirigir uma cúpula da UE em Bruxelas na quinta e na sexta-feira, disse após falar com May: “É claro que os 27 Estados da UE querem ajudar. A questão é como”. 

De acordo com duas fontes, Merkel disse ao seu próprio bloco parlamentar conservador na Alemanha que não haveria mais negociações, mas os esforços estavam sendo feitos para dar garantias aos britânicos. 

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May disse a Merkel que não era do interesse de ninguém que o Reino Unido deixasse o bloco sem acordo, disseram fontes. 

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou: “O acordo que foi atingido é o melhor possível. É o único acordo possível. Não há mais espaço para qualquer negociação. Mas é claro que há espaço para fazer novos esclarecimentos e mais interpretações sem reabrir o acordo de retirada”.

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O chanceller austríaco, Sebastian Kurz, cujo país detém a presidência rotativa da UE, confirmou essa visão. O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse ao Reino Unido que o país ainda poderia revogar a decisão ou atrasar sua saída. 

Votação até janeiro

O Parlamento britânico votará na questão antes do dia 21 de janeiro, afirmou a porta-voz de May. 

A libra, que perdeu 25 centavos em relação ao dólar desde o referendo de 2016, caiu novamente em meio a informações de que May estaria enfrentando um desafio à sua liderança. 

O maior obstáculo para a aprovação é a questão da fronteira dura da Irlanda, uma política que manteria o Reino Unido em uma união alfandegária com a UE na ausência de uma maneira melhor para evitar checagens de fronteira entre a Irlanda do Norte, que integra o Reino Unido, e a Irlanda, que faz parte da UE. 

Os críticos de May dizem que o acordo poderia deixar os britânicos submetidos às regras da UE indefinidamente. A UE disse que nenhum dos lados quer que a fronteira funcione dessa maneira, mas que isso tem que ser parte do acordo por via das dúvidas. 

Enquanto investidores e aliados tentavam adivinhar o destino final da quinta maior economia do mundo, parlamentares contrários a May em seu próprio partido argumentam que ela tem que deixar o governo. 

“Se não conseguirmos avançar com seu acordo (...) então eu temo que a única maneira de mudar o que foi decidido é trocar a primeira-ministra”, disse o parlamentar Steve Baker, favorável ao Brexit.